FAZER O CERTO SAI CARO
Divulgação/Netflix
Kevin Spacey na quinta temporada de House of Cards: afastamento do astro custou caro
REDAÇÃO
Publicado em 23/1/2018 - 14h22
Apesar de elogiada por demitir Kevin Spacey após o ator ser denunciado por abuso sexual de um menor de idade, a Netflix sentiu no bolso o peso da decisão: na segunda (22), durante a apresentação de seus resultados no último trimestre de 2017, a plataforma de streaming anunciou que o afastamento de Spacey lhe custou US$ 39 milhões (R$ 126 milhões).
O ator era protagonista da principal série da Netflix, o drama político House of Cards. Quando a primeira denúncia de assédio veio à tona, a produção da sexta temporada foi suspensa por tempo indeterminado. Depois, Spacey acabou demitido.
Todo o material já gravado foi jogado fora, e os produtores tiveram que reescrever os roteiros para eliminar o personagem Frank Underwood e dar destaque absoluto à sua mulher, Claire (Robin Wright), naquele que será o último ano da série.
Mesmo com as gravações interrompidas, a Netflix e a produtora Media Right Capital pagaram para manter a equipe sob contrato, o que não saiu barato. Além disso, a plataforma de streaming também se preparava para lançar o filme Gore, estrelado por Spacey e que já estava todo rodado quando o lançamento foi cancelado.
Apesar do dinheiro jogado fora, o chefe de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos, disse que encara a perda de forma positiva. "É um bom indicador desenvolvermos vários projetos de alto nível ao mesmo tempo. Nós nos afastamos daquela ideia de concentrar muito risco em um único material", disse ele aos acionistas.
E, é claro, também pega bem para a imagem da empresa mostrar que quer fazer a coisa certa. Entre outubro e dezembro, a Netflix ganhou 8,3 milhões de assinantes no mundo todo, seu melhor trimestre até o momento.
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