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Fim próximo

De Arquivo X a Gotham: dez séries que estão com a corda no pescoço

Divulgação/Fox

Gillian Anderson na 11ª temporada de Arquivo X; atriz disse que não fará mais a série de ficção científica  - Divulgação/Fox

Gillian Anderson na 11ª temporada de Arquivo X; atriz disse que não fará mais a série de ficção científica

REDAÇÃO

Publicado em 6/5/2018 - 7h22

O mês de maio é decisivo para a TV norte-americana. Nas próximas duas semanas, redes de sinal aberto e canais pagos definem quais atrações serão renovadas e quais chegarão ao fim para abrir espaço a novos dramas e comédias. Produções populares, como Arquivo X, The Blacklist, Designated Survivor e Gotham, estão ameaçadas de cancelamento.

Veja por que essas séries, e outras seis, estão com a corda no pescoço:

divulgação/abc

O agente Coulson (Clark Gregg) em Agents of Shield; dos filmes da Marvel para a televisão

Agents of Shield
O drama da Marvel, que trouxe para a TV um personagem do cinema, o agente Phil Coulson (Clark Gregg), nunca foi um estouro de audiência na rede ABC, mas jamais teve um desempenho tão ruim quanto na atual quinta temporada. É a lanterna da ABC no quesito média de telespectadores por episódio. Devido à representatividade da série, ela não deve sair do ar sem uma temporada de despedida.

divulgação/fox

Gillian Anderson e David Duchovny na 11ª temporada de Arquivo X: a última da série? 

Arquivo X
Um dos dramas mais icônicos da TV está em cima do muro. O retorno de Arquivo X após 14 anos, com a mesma dupla de protagonistas da série cult dos anos 1990, foi bem de audiência, com um público médio de 9,5 milhões de telespectadores por episódio pela décima temporada, em 2016. Mas a temporada seguinte perdeu 60% desse público. Se por um lado Chris Carter, o criador da trama, diz ainda ter histórias para contar, a atriz Gillian Anderson afirmou que não fará mais a série.

divulgação/nbc

A atriz Jaimie Alexander na atual temporada de Blindspot; série da Joana Ninguém empacou

Blindspot
No ano de estreia (2015), Blindspot gerou um burburinho com uma boa narrativa, sobre uma mulher que é descoberta nua e com tatuagens por todo o corpo. Porém, o público largou a série aos poucos, a NBC optou por encostar a atração nas noites de sexta (dia praticamente morto na TV dos EUA) e o resultado foi a fuga de metade dos telespectadores adultos entre a segunda e atual temporada, a terceira, justamente na faixa etária mais importante para o mercado publicitário.

Divulgação/Fox

Andre Braugher é um delegado gay em Brooklyn Nine-Nine; Stephanie Beatriz é uma bissexual

Brooklyn Nine-Nine
Vencedora do Globo de Ouro em 2014, a comédia Brooklyn Nine-Nine é na atualidade uma das piores audiências da Fox, com média de 1,75 milhão de telespectadores por episódio, e essa performance fraca é argumento suficiente para o seu cancelamento. A série conta com um lobby da imprensa, que a adora e faz campanha em sua defesa. Uma das forças da comédia é abrir espaço à diversidade, com um delegado negro gay e uma policial bissexual latina.

divulgação/ABC

Em Designated Survivor, Kiefer Sutherland (eterno Jack Bauer) interpreta o presidente dos EUA

Designated Survivor
Os excelentes números de Designated Survivor no chamado delayed viewing (audiência de um episódio dias após a exibição na TV, no video on demand ou em gravador) não são suficientes para assegurar o futuro do drama sobre um político que vira presidente norte-americano por acaso. O público que vê a série toda quarta-feira na rede ABC diminui semana após semana. Da estreia da segunda temporada ao episódio exibido no último dia 2, a queda de público foi de 37%, de 5,49 milhões de telespectadores para 3,47 milhões.

divulgação/fox

David Mazouz e Ben McKenzie na quarta temporada de Gotham; série derrapa na audiência

Gotham
A série sobre a origem do Batman já está na quarta temporada. No ano de estreia, conseguiu uma boa média de 6,1 milhões de telespectadores por episódio. Agora não passa dos 2,6 milhões por semana. Na Fox, é a segunda pior audiência entre todas as séries, somente à frente do limitado drama LA to Vegas. O público se cansou das histórias dos vilões do Homem-Morcego, que perderam o dinamismo com o passar do tempo.

divulgação/the Cw

Na série Life Sentence, Lucy Hale não repetiu o sucesso alcançado com Pretty Little Liars

Life Sentence
A rede nanica The CW apostou na atriz Lucy Hale, famosa pelo papel de Aria Montgomery em Pretty Little Liars (2010-2017), para estrelar Life Sentence e atrair os jovens. A estratégia falhou, e a série é a última colocada em audiência entre todas as atrações da TV aberta norte-americana. A trama atualmente está no sétimo episódio de 13 e deve completá-los. Assim, talvez a CW consiga vendê-la a outros países ou a um serviço de streaming. O cancelamento é só questão de formalidade.

divulgação/fox

Tom Ellis é um diabo cheio de si em Lúcifer, mas seu encanto do convencimento mingou

Lucifer
Exibida na Fox, o futuro de Lucifer está nas mãos dos estúdios Warner Bros., que a produz. Inspirado em um personagem de HQ, o drama vai muito bem no mercado internacional. Se houver um acordo financeiramente satisfatório para a Fox, a atração deve continuar viva. Mas se depender do público norte-americano, Lucifer vai para o inferno: tem uma audiência entre o público adulto decepcionante, similar à de Gotham.

divulgaçãoi/CBS

Eddie Kaye Thomas (à esq.) e Elyes Gabel em cena da quarta temporada do drama Scorpion

Scorpion
Comparada com outras produções no limbo, Scorpion até que vai bem. Mas para a rede CBS, que a exibe nos EUA, a trama não entrega bons números. Mesmo com uma média razoável de 5,26 milhões de telespectadores por episódio, Scorpion é a série de menor audiência da rede CBS, emissora mais popular entre os norte-americanos.

O que também prejudica o drama são as derrotas semanais para as rivais The Brave ou Good Girls (NBC) e The Good Doctor ou The Crossing (ABC) na faixa das 22h de segunda-feira.

divulgação/nbc

O ator James Spader na atual temporada de Blacklist; trama de sucesso caminha para o final

The Blacklist
A rede NBC pretende colocar mais produções próprias no ar, e The Blacklist está com os dias contados, pois é uma coprodução entre os estúdios Sony e Universal. A complicada negociação para realizar novas temporadas deve apenas ser finalizada se a NBC conseguir fechar um bom acordo a seu favor; a Sony mira o mercado internacional.

A audiência da série é mediana, atrás da capenga Law & Order True Crime: The Menendez Murders, mas assim como Agents, The Blacklist não terminará sem uma temporada de despedida.

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