REESTREIA DOMINGO
Imagens: Divulgação/Hulu
Elisabeth Moss na segunda temporada de Handmaid's Tale; imagens assustadoras são comuns
JOÃO DA PAZ
Publicado em 1/9/2018 - 5h29
Sem Game of Thrones no Emmy de 2017, The Handmaid's Tale colocou a Hulu na história como a primeira plataforma de streaming a levar um Emmy de melhor drama. Na premiação deste ano, a fantasia da HBO está de volta, mas mesmo assim a atração distópica é a preferida dos apostadores e da mídia. Por que esse favoritismo?
A segunda temporada de Handmaid's Tale estreia neste domingo (2), às 21h, no escondido Paramount Channel, e engrandece ainda mais a série, que mostra um assombroso mundo apocalíptico no qual o machismo impera e oprime as mulheres de forma esmagadora.
É uma série raiz, fundamentada nos alicerces mais básicos, ao contrário da megalomania de Game of Thrones. Vencedor do Oscar da TV em 2015 e 2016, o drama com dragões e batalhas épicas tem como força maior seus efeitos especiais, a edição de som e outras tecnicalidades. Características que a fazem ser grandiosa.
Calcanhar de Aquiles de GoT, a atuação é um dos pontos fortes de Handmaid's Tale. Esse fator é argumentado pela revista Variety, por exemplo, como o diferencial para Handmaid's Tale levar o Emmy deste ano de melhor drama.
Handmaid's é franca favorita para ganhar os prêmios de melhor atriz (Elisabeth Moss), atriz coadjuvante (Yvonne Strahovski ou Ann Dowd) e atriz convidada (Samira Wiley).
O peso de seu elenco faz os apostadores despejarem dinheiro sem medo na série, líder nas bolsas de Las Vegas. No site My Bookie, Handmaid's tem uma cotação de -400 (tem de apostar US$ 400 para lucrar US$ 100) para abocanhar o principal prêmio do Oscar da TV, enquanto Game of Thrones surge em segundo, pagando +300 (com US$ 100, ganha US$ 300).
A personagem de Alexis Bledel, Emily, foi levada para a Colônia em Handmaid's Tale
Foco nos coadjuvantes
A segunda temporada de Handmaid's Tale dedica mais tempo para as narrativas paralelas à de June/Offred, que grávida, arma um plano para fugir da Gilead, como é chamado o regime fundamentalista cristão instaurado no território norte-americano.
Sem dúvida, quem mais cresce na nova leva de episódios é Yvonne. Sua personagem, a calculista Serena, senhora de Offred, ganha mais tempo em cena, seja na relação com sua criada ou na jornada que mostra os primórdios de Gilead. Um dos melhores momentos de Serena é quando ela viaja com Fred ao Canadá, país no qual a liberdade de expressão ainda resiste.
Ann Dowd e sua temida Aunt Lydia, a tia que ninguém quer provocar, continua segurando as rédeas e colocando as criadas de Gilead em seu devido lugar, de acordo com o que ela julga correto.
Já Alexis Bledel (a Emily/Ofglen) brilha com sua personagem sofrendo na Colônia, lugar no qual as mulheres inférteis, homossexuais e rotuladas de criminosas trabalham como escravas. Elas são chamadas de Unwomen (algo como Não-Mulher).
E a vida dos americanos que conseguiram escapar para o Canadá também ganha mais tempo no ar, sob a perspectiva de Moira, interpretada por Samira Wiley.
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