Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

ADORAÇÃO INFERNAL

Com aura angelical, Diabo de Lucifer conquista com charme e bom humor

IMAGENS: REPRODUÇÃO/NETFLIX

Em um quarto de hospital, Lúcifer dispara seu sorrisão característico em cena da série Lucifer

O ator Tom Ellis na quarta temporada de Lucifer; série da Netflix apresenta um Diabo carismático

JOÃO DA PAZ

Publicado em 21/8/2020 - 6h45

De santo, Lúcifer não tem nada. Mas na série da Netflix que leva o seu nome, o Diabo com um sotaque britânico mostra outra cara, a de um charmoso dono de uma casa noturna. Amado por fãs, o personagem tem uma aura angelical que o contorna, pois até capaz de fazer o bem ele é. E a adoração ao Satã bem-humorado está prestes a chegar aos céus.

Popular, o drama policial Lucifer entra com a quinta temporada nesta sexta (21) na Netflix --é a primeira parte, com oito episódios. Antes mesmo disso, a série aparece no top 10 da plataforma, indício de que o público está relembrando o que já ocorreu para aproveitar melhor a leva atual. Mas por que logo o capiroto é tão querido assim?

Atração que desafiou o cancelamento e ressuscitou duas vezes, Lucifer não deve ser tão levada a sério. Ela traz dentro de si um monte de alegorias e lições de moral com o Anjo das Trevas no centro da história. Propositadamente provocante, a trama cativa por pintar o protagonista sem amarras, fazendo-o inclusive ser romântico.

Confira abaixo cinco aspectos que tornam o Lúcifer da série tão interessante:

Ele é engraçado

A premissa da atração é hilária por si só. Cansado do Inferno, Lúcifer (vivido por Tom Ellis) abandona as trevas para morar em Los Angeles e ser um empresário da noite. Ele se apresenta como "o" Lúcifer Estrela da Manhã (Morningstar), aquele que foi expulso do Céu, mas ninguém bota muiya fé. Essas interações com outras pessoas são curiosas e bem sacadas pela série.

O bom humor do Diabo do streaming não se perde em nenhum momento. Ele fica possesso quando vê humanos colocando a culpa nele por tudo, se irrita com satanistas que o adoram, pois isso é algo que o faz se lembrar do seu pai (o Deus da Bíblia, no caso), e não admite ter sua imagem associada à de um bode. E embora tenha a fama de ser o pai da mentira, ele não mente e sente orgulho disso, além de ficar furioso com quem não acredita que tal coisa seja possível.

Ele deseja um romance

Seja qual for a produção hollywoodiana, de guerra ou humorística, o protagonista tem de engatar algum tipo de romance. Como fazer isso com Lúcifer? Um ser com apetite sexual para todos os gostos, seja homem ou mulher, uma só pessoa ou uma suruba, o tinhoso é um romântico incorrigível, com seu amor reservado a uma única pessoa: a detetive Chloe Decker (Lauren German).

Claro que a série não iria facilitar isso. Os dois são opostos, totalmente diferentes, mas há algo que os conecta. Ele tem um apreço pela policial e faz de tudo para protegê-la. Deseja sempre estar ao seu lado. Lúcifer fica confuso com seus sentimentos diversas vezes, mas tomou coragem para admitir, no final da quarta temporada, que o primeiro amor de sua vida não foi Eva (Inbar Lavi), e sim a detetive.

Tom Ellis, com Lauren German ao fundo, em cena de Lucifer com declaração romântica 


Ele tem charme

O que dizer de uma pessoa que é hipnotizante a ponto de o outro lhe confessar os desejos mais íntimos? Esse é Lúcifer, que não passa despercebido na Terra com seu charme único e irresistível, destilando aquela confiança que só uma entidade superpoderosa pode demonstrar.

Aqui, fica o crédito a quem merece. O ator Tom Ellis consegue com rara habilidade fazer que uma figura tão temida seja agradável na ficção, a definição de um playboy que só quer curtir os prazeres carnais e gastar seu charme sem medo de ser feliz.

Ele é justo

A vida terrena de Lúcifer é muito peculiar. Ele demonstra traços de justiça que muitos humanos são incapazes de fazer, o que enfurece até mesmo demônios. O Príncipe das Trevas pune pecadores e caça quem comete o mal, usando seus poderes para o bem. A ironia é que o protagonista chega a sentir remorso por um erro cometido.

Essa justiça de Lúcifer é abrangente. Um dos pontos altos foi quando ele duelou com um pastor pentecostal que esbravejava aos quatro cantos que o Diabo era culpado por todo o mal na Terra. O próprio viu isso, notou que o pregador caricato estava fazendo aquilo para se aproveitar de pessoas frágeis e roubar dinheiro, ficou endiabrado e botou o religioso de terno para correr.

Ele parece humano

A solução para pessoas que têm problemas na família, principalmente discórdias com o pai, é a terapia. E isso é o que Lúcifer faz, uma boa solução da série ao inseri-lo nesse universo, com ele abrindo o jogo para Linda Martin (Rachael Harris). Fica aí a dica, pois se até o Diabo precisa descarregar seus problemas emocionais com uma psicóloga, que dirá um mero mortal.

O drama da Netflix apresenta Lúcifer como uma pessoa que gosta de fazer o bem, por mais que pareça contraditório. Ele não fica nem um pouco constrangido em pedir um favor para Deus, algo que até o mais ateu dos humanos faz em um momento de desespero. O personagem é como uma pessoa comum, que se atrapalha com algumas normas sociais de convívio e comete umas gafes por aí. Quem nunca?

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.