Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

DOC NO GLOPOPLAY

Caso Celso Daniel: Eduardo Suplicy caiu em trote durante investigação

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Montagem de fotos com os políticos Eduardo Suplicy (à esq.) e Celso Daniel (à dir.)

Eduardo Suplicy (à esq.) e Celso Daniel; político foi enganado por golpista em 2002

KELLY MIYASHIRO

kelly@noticiasdatv.com

Publicado em 3/2/2022 - 6h35

Político do PT (Partido dos Trabalhadores), Eduardo Suplicy caiu em um trote durante a investigação do sequestro e da morte do então prefeito de Santo André Celso Daniel em janeiro de 2002. A gafe é relembrada no quarto episódio --lançado nesta quinta-feira (3)-- da série documental O Caso Celso Daniel, do Globoplay.

Prefeito do município do ABC Paulista em três mandatos, Celso Augusto Daniel (1951-2002) também era do PT, considerado um ótimo gestor público, colega respeitado dentro do partido e projetado como uma das figuras mais promissoras no cenário político brasileiro naquela época. 

Daniel foi sequestrado na noite de 18 de janeiro de 2002 após ter jantado em um restaurante localizado em uma região nobre de São Paulo com o empresário Sérgio Gomes da Silva (1954-2016), seu amigo e segurança pessoal --interpretado por Tuca Andrada em simulações dramáticas da série.

Gomes da Silva foi a única testemunha ocular do sequestro, deixado com vida no local. O corpo do prefeito foi encontrado dois dias depois, em 20 de janeiro de 2002, em uma estrada rural de Juquitiba, na região metropolitana da capital paulista e com várias marcas de tiros pelo corpo. 

Durante a investigação do caso, o empresário chegou a ser acusado de ter sido o mandante do crime, motivado por uma suposta tentativa de esconder um esquema de corrupção dentro do partido de Luiz Inácio Lula da Silva (que terminaria aquele ano eleito presidente do Brasil).

A gafe de Suplicy

No documentário, o advogado criminalista Luiz Eduardo Greenhalgh dá seu relato sobre o trote levado por Suplicy, que era senador: "Um dia, o Suplicy me liga. Meu amigo! [Diz:] 'Greenhalgh, estou aqui com um pastor. E ele estava na festa da netinha dele quando ouviu os tiros dos sequestradores da abordagem do caso Celso Daniel. E ele então teve a presença de espírito de ir à janela e filmar a operação'".

Uma reportagem de telejornal e Greenhalgh especulam que a gravação do momento do sequestro mostraria se Sérgio Gomes da Silva estava falando a verdade ou se ele teria atuado como líder dos bandidos que levaram Celso Daniel.

Em entrevista à imprensa, o então marido de Marta Suplicy chegou a pedir  para a "testemunha" entregar o suposto vídeo. "Quero fazer um apelo público ao pastor evangélico, protestante. Não é preciso que você apareça publicamente, mas que o senhor, então, encaminhe tanto o seu testemunho quanto a prova documental, porque poderá ser de extraordinária relevância para o esclarecimento dos fatos", declarou o político.

O pai de Supla teria conversado diversas vezes com o homem que se dizia pastor e até bancado com verba pública (cota de gastos como senador) uma passagem dele para o Nordeste --onde "ele iria buscar a fita com um irmão dele". 

"O cara nunca mais apareceu. E a Polícia Federal descobriu que era um bruta de um estelionatário o pastor. E essa história andou na mídia. Como se o pastor já tivesse falado e provado que o Sérgio tinha colaborado com os sequestradores!", dispara Greenhalgh, indignado.

"Eu me lembro de um pastor que me ligou dizendo que tinha [uma fita do sequestro], mas eu acabei não conseguindo ver o vídeo. Que eu me lembre", comenta o ex-senador à equipe do Globoplay. Atualmente, ele tem 80 anos. 

Com oito episódios, o documentário O Caso Celso Daniel estreou na plataforma de streaming da Globo em 17 de janeiro. Dois capítulos serão lançados a cada semana. Após esta quinta, os próximos serão disponibilizados em 10 e 17 de fevereiro.

Confira o teaser do documentário O Caso Celso Daniel


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.