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SARAH DREW

Após Grey's Anatomy, atriz encara abuso e sequestro infantil em filme na TV

DIVULGAÇÃO/LIFETIME

Marianthi (Valentina Battrick), à esquerda, Lizbeth Meredith (Sarah Drew), ao centro, e Meredith (Carina Battrick), à direita

De Grey's Anatomy, Sarah Drew encara novos desafios artísticos e protagoniza drama do Lifetime

JOSÉ VIEIRA

jose@noticiasdatv.com

Publicado em 5/11/2022 - 6h20

Sarah Drew ganhou visibilidade internacional ao interpretar a médica April Kepner em Grey's Anatomy. Após deixar o elenco regular da série em 2017, a atriz tem buscado novos desafios artísticos. Neste ano, Sarah vive uma mãe em busca de suas filhas em Sequestradas pelo Pai, filme produzido pelo canal Lifetime.

O longa-metragem conta a história real de Lizbeth Meredith. Interpretada por Sarah, a escritora americana foi vítima de violência doméstica de seu ex-marido Gregorio, com quem foi casada durante quatro anos.

Em 1994, após o divórcio do casal, Gregorio sequestrou as duas filhas do relacionamento e as levou para a Grécia, seu país de origem. A partir de então, Lizbeth iniciou uma busca incansável pela recuperação das crianças -- Marianthi, com seis anos na ocasião, e Meredith, com quatro.

As gravações do filme ocorreram durante a pandemia. Devido aos protocolos de prevenção à Covid-19, Lizbeth não esteve presente no set. Em entrevista ao Notícias da TV, a autora afirma que, apesar de não ter conhecido Sarah pessoalmente, gostou do resultado da produção. "Foi estranho no começo, mesmo que eu estivesse muito animada, era algo bem surreal", relembra.

A escritora só conseguiu recuperar as filhas novamente em 1996, dois anos após o sequestro. Nesse período, Lizbeth passou por reuniões com membros da Casa Branca e enfrentou o sistema judicial da Grécia. Devido a complicações legais, ela acabou detida pela polícia grega em 1995.

Foi apenas em 2016 que Lizbeth decidiu tornar sua história pública. Em Pieces of Me: Rescuing My Kidnapped Daughters, livro que inspirou Sequestradas pelo Pai, ela escreveu sobre sua luta contra o relacionamento abusivo e retornou aos dias em que procurava pelas filhas.

O livro e o filme trazem relatos íntimos e que podem gerar gatilhos emocionais para pessoas sensíveis ao tema. Nas obras, são reproduzidas as constantes ameaças de morte que Lizbeth recebia de seu ex-marido, antes e depois de lutar pela custódia das crianças.

A autora acredita que compartilhar tais histórias pode ajudar mulheres que passam por situações semelhantes. Mesmo que seja uma fonte de inspiração, Lizbeth não quer ser vista como uma heroína. "Isso aconteceu há tantos anos, eu não ligava se eu iria parecer vulnerável ou uma vítima", pontua.

Na verdade, eu fico preocupada com a ideia de que eu sou forte o tempo todo --o que não é verdade, sou como qualquer outra pessoa que passou por algo difícil-- ou de que eu posso resolver os problemas de outras pessoas. Eu percebi isso quando eu publiquei o livro, mas hoje eu percebo mais. As pessoas acham que eu posso entrar no relacionamento delas.

"Mas eu sei que compartilhar nossas histórias permite que outras pessoas compartilhem suas histórias. Elas sabem que são importantes e não estão sozinhas. Nós todos passamos por momentos difíceis, é uma experiência humana. Não há estigma sobre isso", completa.

Sequestradas pelo Pai estreou na última quinta (3) e será retransmitido em 22 de novembro, às 22h40, no canal Lifetime. A obra fez parte da programação especial sobre o Mês de Combate à Violência Contra a Mulher. Assista a um trecho do filme:


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