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TRAGÉDIAS REAIS

Após boate Kiss, Netflix fará série sobre chacina da Candelária

Jorge Bispo/Netflix

Luis Lomenha posa para foto em frente à igreja da Candelária, no Rio de Janeiro

Luis Lomenha será o showrunner de minissérie da Netflix sobre a chacina da Candelária

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 27/4/2022 - 16h45

Depois de investir em muito conteúdo para o público adolescente no Brasil, a Netflix encontrou uma nova seara para explorar: a de atrações inspiradas por tragédias reais. Além de Todo Dia a Mesma Noite, que vai retratar o incêndio na boate Kiss, agora a plataforma prepara uma minissérie sobre a chacina da Candelária.

Ainda sem título definido, a produção vai acompanhar as 36 horas que antecederam a tragédia de 23 de julho de 1993 sob pontos de vista inusitados: o de quatro crianças que se tornarão vítimas do ataque sangrento.

"Oriundos de lares desestruturados, esses jovens encontram nas ruas do Rio de Janeiro, e na companhia mútua, uma forma de tocar a vida e, quem sabe, alcançar seus sonhos e viver aventuras --até terem seus futuros interrompidos por uma chacina de repercussão mundial", explica a sinopse oficial.

A chacina da Candelária foi um dos acontecimentos mais chocantes da história recente do Brasil. Na noite de 23 de julho de 1993, dois carros pararam em frente à igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, e seus ocupantes dispararam contra os adolescentes que dormiam no local.

Oito jovens, de 11 a 19 anos, morreram baleados, e várias crianças e adolescentes ficaram feridos. Após investigações, descobriu-se que os autores do ataque eram milicianos. Depois do crime, foi erguida uma cruz de madeira em frente ao templo religioso como monumento aos mortos.

O showrunner da minissérie será Luis Lomenha, que dividirá a direção dos quatro episódios do projeto com Marcia Faria. "A infância é sinônimo de esperança. É o hoje, o amanhã e o depois. Uma sociedade que se silencia diante da morte de crianças pretas é um agrupamento de desumanos, um sodalício que precisa de um novo começo", afirmou Lomenha, nesta quarta (27), durante o evento Rio2C.

Para desenvolver o projeto, Lomenha reuniu alguns dos sobreviventes com os roteiristas Renata Di Carmo, João Santos, Luh Maza, Dodo Azevedo e Igor Verde. O texto da minissérie vai cruzar cenas de ação, elementos oníricos e realidade baseado no que foi relatado nessas conversas.

De acordo com a Netflix, os protagonistas serão jovens negros que nunca atuaram no mercado audiovisual, selecionados após cinco meses de parceria com diversos grupos artísticos da periferia do Rio de Janeiro. Cada episódio também contará com participações especiais de atores renomados --que não foram revelados. 


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