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ABALARAM O BRASIL

Além de Daniella Perez: Veja cinco produções inspiradas em crimes famosos

REPRODUÇÃO/PRIMEVIDEO, GLOBOPLAY E NETFLIX

Suzane Von Richthofen interpretada por Carla Diaz; João de Deus e Elize Matsunaga em documentário

Von Richthofen, João de Deus e Matsunaga: crimes que abalaram o país e ganharam adaptações

IGRAÍNNE MARQUES

Publicado em 9/7/2022 - 6h30

O assassinato de Daniella Perez no fim de 1992 abalou o país o bastante para se transformar, 30 anos mais tarde, em um documentário. O projeto estará disponível na HBO Max no dia 21 de julho. Crimes reais despertam tanto interesse que o gênero se tornou uma fórmula de sucesso certeiro para as plataformas de streaming.

Quanto mais chocantes e com maior repercussão, mais chances o caso tem de se tornar um projeto audiovisual, seja documentário, como o que contou sobre os abusos cometidos por João de Deus, ou obra de ficção, como os filmes sobre Suzane Von Richthofen protagonizados por Carla Diaz.

Relembre agora cinco produções inspiradas em crimes famosos:

Suzane Von Richthofen

No caso de Suzane, a ideia foi narrar, no formato de dois filmes, a jornada da jovem de classe média alta que assassinou os próprios pais. Lançados em 2021 no Prime Video, os longas deixam de lado a percepção de documentário e contam a história de acordo com os depoimentos dados no caso.

Sem juízo de valor, a produção optou por fornecer duas versões para que o público pudesse escolher em quem acreditar --uma delas baseada no depoimento de Suzane, enquanto a outra levava em conta a história contada por Daniel Cravinhos. 

Carla Diaz foi a atriz responsável por dar vida a Suzane, enquanto o ator Leonardo Bittencourt trabalhou para convencer como Cravinhos. Ambos foram elogiados pelo trabalho após o lançamento. 

Elize Matsunaga

Também em 2021, a Netflix decidiu lançar um documentário baseado na história de Elize Matsunaga, mulher que matou, esquartejou e guardou o corpo do próprio marido em malas de viagem em 2012. O caso ganhou repercussão nacional porque o marido de Elize era Marcos Matsunaga, herdeiro da empresa de alimentos Yoki. Os dois chegaram a ter uma filha, mas Elize foi proibida de ter contato com a menina desde o crime. 

No documentário, a própria Elize é quem conta a história. A bacharel em Direito reforçou que sofria violência doméstica, declarou amor incondicional à filha e explicou por que atirou no marido. Os advogados dela e os promotores de Justiça envolvidos no caso, assim como amigos de Marcos, também aparecem na produção. 

Em maio de 2022, Elize ganhou o benefício da liberdade condicional. Ela não falou com a imprensa e explicou que não pode dar entrevistas por causa de um contrato com uma produtora audiovisual. Como o documentário já foi lançado, isso deu margem à dúvida de que a Netflix possa produzir uma nova série a respeito de Elize. 

João de Deus

Também da Netflix e lançado em 2021, o documentário baseado na história de João de Deus leva ao público uma série de depoimentos de pessoas ligadas ao médium. Vítimas choraram afirmando que jamais conseguirão superar a violência sofrida pelo suposto curandeiro com fama internacional.

João de Deus foi denunciado por mais de trezentas mulheres em dezembro de 2018. No mesmo ano, a Justiça de Goiás decretou a prisão preventiva do médium, que foi condenado um ano depois a 19 anos por crimes como violência sexual, falsidade ideológica e posse ilegal de armas de fogo. Ele cumpre prisão domiciliar desde 2020. 

Caso Evandro

O menino de apenas seis anos desaparecido em abril de 1992 no Paraná -- mesmo ano que culminou na morte de Daniella Perez-- ganhou um documentário no Globoplay em 2021. O corpo de Evandro Ramos Caetano foi encontrado dias após o desaparecimento, com os pés e as mãos decepados e sem as vísceras. 

O assassinato rendeu uma repercussão nacional na época, com interpretações diversas: houve até a suspeita de que a criança teria sido usada em um ritual de magia negra. Justamente por isso, o crime rendeu pavor entre os moradores da região e ficou conhecido como o caso das "Bruxas de Guaratuba".

Dois homens pais-de-santo e um ajudante foram condenados pelo crime em 2004. Beatriz Abagge e a mãe, Celina, foram identificadas como suspeitas, mas absolvidas em 1998. Já em 2011, Beatriz voltou a encarar o júri pelo mesmo crime, sendo condenada a mais de 21 anos de prisão.

Mais tarde, em 2016, o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu perdão de pena a Beatriz, que afirmou ter sido torturada pela polícia na época do crime, assim como outros suspeitos.

Marielle Franco

A vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada no dia 14 de março de 2018. Dois anos depois, o Globoplay lançou um documentário sobre o crime com seis episódios de uma hora cada. A produção levantou detalhes da morte de Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes, além de entrar no tema da prisão de Ronnie Lessa, suspeito de ter assassinado os dois. 

Fernanda Chaves, assessora de Marielle e única sobrevivente do atentado, contou detalhes do crime em um depoimento para o projeto. Na época do assassinato, o caso ganhou repercussão nacional e gerou atos públicos no país. Até a publicação desta reportagem, os mandantes ainda não tinham sido identificados. 


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