NOVA NOVELA
JOÃO MIGUEL JÚNIOR/TV GLOBO
Marcelo Serrado, Taís Araujo e Paolla Oliveira são os protagonistas da novela Cara e Coragem
Cara e Coragem estreia nesta segunda-feira (30) recheada de explosões e saltos nas alturas. A novela de Claudia Souto toma inspiração no universo de filmes como 007 e Missão Impossível e usa a ação para turbinar a narrativa. Ao mesmo tempo, ela promete trazer dentro dessa embalagem de aventura alguns temas mais sérios, como a liberação das armas e a ética, personificada pelo personagem Duarte (Kiko Mascarenhas), um faz-tudo que finge ser um "rei do camarote".
A história gira em torno dos dublês Pat (Paolla Oliveira) e Moa (Marcelo Serrado), que se arriscam em todo tipo de cena perigosa. Mas nada poderia prepará-los para a confusão que chegaria em suas vidas graças a uma proposta da empresária Clarice (Taís Araujo).
A ricaça oferece uma grande quantia em dinheiro para que os dois recuperem uma fórmula secreta que se perdeu em um local de difícil acesso. Mal chegam lá, eles descobrem que caíram em uma rede de intrigas, virando alvos de pessoas muito perigosas.
"É uma novela de ação, mas é muito mais do que isso mesmo. É uma comédia romântica de suspense, mistério. A ação está atrelada às relações humanas. Não é ação pela ação. É claro que eu pesquisei tudo que você possa imaginar, todos os filmes do [Quentin] Tarantino, tudo de Missão Impossível, Tom Cruise... Mas eu não quero fazer Missão Impossível, nem tenho essa pretensão. Mas eu quero dar sustos no telespectador", ressalta a diretora artística da trama, Natália Grimberg.
Eu posso botar humor, que eu adoro. Eles [os personagens] estão fazendo uma coisa perigosíssima e você consegue dar um sorriso. Você consegue às vezes, em uma outra cena de ação, ter um um clima romântico, eles estão flertando entre si. Ou no meio de uma cena de ação tem um mistério. Nada está ali à toa, sabe? A estética da novela é muito colorida, você vai ver, mas ela tem muitos recortes, uma cor sempre estourada no branco, não é uma cor escura.
Quando começou a bolar a história, Claudia Souto queria falar sobre coragem. Por isso, ela decidiu que era o momento perfeito para retomar um antigo desejo e contar a saga de dublês, que personificariam muito bem o tema que ela desejava abordar.
"Sempre fui fascinada [por dublês], desde que eu escrevia Bambuluá (2000). Eu ia muito para as gravações e tinha a equipe de dublês. Isso ainda não foi abordado nas novelas, é uma profissão fascinante. São pessoas que estão diante das câmeras, se arriscando, com uma coragem absurda, e são completamente anônimos. Eles vão à padaria, ao supermercado, e as pessoas não sabem que aquela cena espetacular foi feita por essas pessoas. Então falei: se quero mostrar a coragem que a pessoa precisa ter na vida, vou trazer os dublês", explica a novelista.
E os intérpretes precisaram se jogar de cabeça --literalmente em algumas casos-- para entender mais sobre este mundo corajoso. Os protagonistas realizaram uma série de workshops com dublês da própria Globo e fizeram preparações especiais para encarar sequências.
"A gente rolou escada, pulou em caixa de papelão, fez toda a parte do equipamento. Entendemos mais sobre efeitos, porque quando explode uma bomba, a gente tem que saber se movimentar naquele espaço. A primeira cena da novela já é cheia de aventura. A gente tem feito casado, até onde temos segurança fazemos. Mas temos dublês. Tem os dublês dos dublês (risos)", frisa Paolla Oliveira.
Ao mesmo tempo, a atriz é elogiada por ter se atirado em muitas de suas sequências de ação. "A Paolla se joga mesmo, quer nem saber. No primeiro capítulo tive que cair de um container e fiquei um pouco com medo. Ela falou: 'Tem que ir, não tem jeito'. E eu tive que ir", afirma Marcelo Serrado.
"Tem uma cena na novela que a atriz dispensa a dublê, a minha personagem. Ela fala: 'Não quero, eu faço, não largo meus personagens'. Eu morri de rir, porque já fiz (risos). Sempre respeitei muito, mas confesso que eles [os dublês] ganharam ainda mais o meu respeito. É difícil você ter uma profissão que tem essa dimensão de se arriscar pelo outro, mas não ser visto. É um trabalho feito para não ser visto", complementa Paolla.
joão miguel júnior/tv globo
Kiko Mascarenhas vive o malandro Duarte
Em meio a tanta aventura, a novela também tocará em alguns assuntos mais delicados. Um deles, será a liberação de armas, uma questão que Claudia Souto pretende contrapor ao investimento na ciência.
"É um assunto que vem com uma aura de Indiana Jones. Mas o tema é sério, está influenciando nossa vidas. O mesmo governo que aprova a facilitação de obter armas, nos privou de compra de vacinas, e tivemos mais de 600 mil mortos. A minha mãe foi uma das vítimas. Então não vou trazer o drama real que passamos com isso, mas vou botar uma pulguinha atrás das orelhas da pessoas", descreve.
A trama abordará ainda a ética e a obsessão pela aparência por meio do personagem de Kiko Mascarenhas. Ele interpreta Duarte, um homem pobre que finge ser um americano podre de rico, um disfarce que ele usa para participar de festas e encontros da alta sociedade.
"O tempo inteiro ele está se envolvendo em questões que ele não deveria, na minha opinião. Ele tem um suporte da Jéssica [Jennifer Nascimento]. Eu fico tentando o tempo inteiro fazer o personagem não ser um mau-caráter, tento trazer uma certa ingenuidade para ele. Acho também que o malandrão, no fundo, é um ingênuo. Ele acha que vai se dar bem, mas no fundo vai se dar mal", relata Mascarenhas.
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