Úrsula em Além da Ilusão, atriz rejeita rótulo de vilã: 'Era mulher non grata'

Bárbara Paz nega que Úrsula seja a grande vilã de Além da Ilusão. A atriz admite que a personagem é ardilosa e ambiciosa, mas vê motivos para que ela aja dessa forma. Afinal, o machismo minava as mulheres da época em que se passa a novela das seis da Globo. "A mulher dos anos 1940 não tinha voz, e ser mãe solteira era incabível, um afronte, era mulher non grata", explicou a artista.

Na trama de Alessandra Poggi, a governanta já revelou que morou na rua quando descobriu a gravidez. Ela foi expulsa de casa e passou frio e fome até encontrar Eugênio (Marcello Novaes). A única coisa que se sabe é que Joaquim (Danilo Mesquita) é filho dela com um homem casado. 

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Por isso, ela perdeu os limites da ética e da moral. Para a megera, a única coisa que importa é atingir seus objetivos --mesmo que, para isso, ela tenha que passar por cima dos outros.

"A Úrsula vai fazer de tudo para alcançar o que deseja na vida, que é ser alguém, ter um sobrenome, uma família, uma estabilidade financeira... Acho que de vilania todo ser humano está cheio", declarou a intérprete, em entrevista à Quem.

Apesar de amar Eugênio, a maior preocupação da personagem é o dinheiro. Ela armará planos para separar o patrão de Violeta (Malu Galli), mas nunca perderá de vista o que realmente importa: um "pé de meia" para a família. 

"Minha personagem é doida para ter um 'pedigree', e não sossega até conseguir o que quer. Por outro lado, ela tem um quase humor. Ao longo da novela, vamos perceber esse humor mais ácido dela", adiantou.

Sempre de olho em um futuro cheio de dinheiro, a mulher incentivará o filho, Joaquim, a cometer os atos mais sujos. Tudo para que ele reate seu noivado com Isadora (Larissa Manoela), herdeira da Tecelagem Tropical. Essa "parceria do mal" fez a artista colecionar várias cenas com Danilo Mesquita. Porém, quem ganha mais elogios é Sofia Budke --a Isadora na primeira fase do folhetim. 

"A encenação dela é tão genuína que nos trouxe um novo olhar. Acho que a nova geração vem com um novo chip. É impressionante como sabem tudo de tudo. É um absurdo [risos]. Conviver com novas gerações é positivo e gosto muito de dividir as cenas com o Danilo", completou a atriz.

Enquanto a iniciante encantava os colegas, Bárbara vivia nervosa nos primeiros dias de gravações, já que estava longe das novelas há cinco anos --a última foi O Outro Lado do Paraíso (2017). Seu trabalho mais recente foi como diretora no filme Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou (2019), uma homenagem ao marido, o cineasta Héctor Babenco (1946-2016).

No começo das gravações [de Além da Ilusão], foi meio estranho. Achava que não sabia mais fazer. Quando a gente fica do lado de lá das câmeras, vem a sensação de 'será que ainda sei fazer?'. Mas, depois, a gente é mordida pelo bicho da atuação e vai embora [risos].

A segunda fase do folhetim de Alessandra Poggi se passa nos anos 1940 em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Confira também os resumos das novela das seis da Globo que o Notícias da TV publica diariamente.

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