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FALTA FÉ

Sem dar nome aos bois, José Leôncio explode com política em Pantanal

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Marcos Palmeira caracterizado como José Leôncio; o ator tem a expressão fechada --as sobrancelhas estão franzidas, a boca apertada-- em cena de Pantanal

José Leôncio (Marcos Palmeira) evitará se comprometer com política e apelará para exceções

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 18/7/2022 - 11h36

Em um discurso inflamado, José Leôncio (Marcos Palmeira) defenderá os "fazendeiros de verdade" contra a bancada do agronegócio que ocupa a Câmara dos Deputados. O protagonista de Pantanal admitirá que a parcela "mau-caráter" dos pecuaristas é mais barulhenta, mas insistirá que existem profissionais de boa índole na área. Diferentemente da política: para o personagem da novela das nove da Globo, nenhum político presta.

Ele, inclusive, usará o adjetivo "bandalheira" para os homens que governam o país. José Leôncio afirmará que perdeu completamente a fé nos candidatos. Nem as fake news escaparão do olhar atento do pai de Jove (Jesuita Barbosa) --que as explicará como "mintirachegâno o tempo intêro nessas porcaria de celular".

O assunto que vai inflar as emoções da casa será introduzido por Érica (Marcela Fetter). Parte da família estará reunida na frente da TV, acompanhando o horário eleitoral, quando a loira "cutucará a onça". Jornalista, ela vai aproveitar a oportunidade para entender o posicionamento político de seu entrevistado.

"É impossível negar a relação entre o agronegócio e o colapso no meio ambiente", começará a hóspede, em cenas que devem ir ao ar na próxima semana. "É como meu pai dizia: todo mundo que dá um passo pra frente, dêxa uma pegada pra tráis", reagirá José Leôncio

A recém-chegada afirmará que, antes de conhecê-lo, pensava que "nenhum fazendeiro se importava com isso". Mas o filho de Joventino (Irandhir Santos) condenará a generalização. "Os mau-caráter num se importa mêmo, não", declarará ele. "Acontece que eles são a imensa maioria... ", retrucará a loira.

"Se num são a maior parte, são a mais barulhenta e a mais articulada politicamente!", admitirá o ricaço, emendando: "Os fazendêro de verdade, aqueles que amam as terra onde pisa --e são muitos!--, esses ocê pode certeza que tão sofrêno junto delas".

Os ânimos já estarão aflorados, mas Érica continuará tentando aprofundar o assunto. Ela ouvirá atentamente a "palestrinha" de José Leôncio sobre os desmandos na agropecuária. "Esse país foi criado pra o celêro do mundo, pra atendê aos interesse lá de fora", constatará ele. "E quando é que isso vai mudar?", questionará a moça.

Ele será sucinto: "No que dependê dos nosso político? Nunca! Quem vai se elegê c'um discurso desses [mais sustentável]? E, caso se eleja, como é que um sujeito sozinho ia conseguí mudá quinhentos anos de história em quatro anos de mandato?".

De falta de escrúpulos a vulgarização

Exasperado, o fazendeiro ainda admitirá que sempre teve "uma ideia muito errada sobre política": "Pra mim, falá em política sempre foi falá em bandalhêra. Era esse o meu pensamento. Hoje eu entendo que política é uma coisa muito séria. O que num é sério nesse país são os político!".

Na opinião do ricaço, "o sujeito, pra se fazê político, tem que três condição. A primêra é muito dinhêro, ou por trás quem possa bancá os custo d’uma eleição. A segunda é muita saúde, pra aguenta a via-sacra que é uma campanha eleitoral", e a terceira, "tarveiz, seja a principar de todas elas: Num pode escrúpulo nenhum! Que é pra fazê os conchavo, as barganha, os acerto de conta. Político que num entrá no jogo, num faiz carrêra".

Assim que as palavras saírem de sua boca, o ricaço tentará amenizar. "Tem as exceção... É como o Velho do Rio [Osmar Prado]: tem meia dúzia que jura que viu, o resto acredita só se quisé", sublinhará, em referência à entidade mística que ocupa a região.

Érica seguirá colocando "fogo no parquinho". Satisfeita com os rumos da prosa, ela insistirá em entender se o anfitrião perdeu a fé na política. "Eu continuo achâno política uma coisa muito séria, eu perdi a fé foi nos nossos político!", responderá ele. "E quanto à democracia?", perguntará a loira.

"A democracia é nossa maior conquista enquanto nação! Claro que ela ainda trupica em muita coisa --basta vê o tanto de escândalo de corrupção que se vê por aí. Mas, sem ela, o povo num teria nem voz", completará o homem.

Dentre as falhas da democracia, o protagonista mencionará as fake news. Ele, porém, dirá que o povo sempre foi enganado --o que mudou, nos últimos tempos, foi apenas o veículo. 

Mais tarde, Érica retomará o assunto com José Lucas (Irandhir Santos), com quem vai acabar se envolvendo. Ela até vai criticar os "demagogos"--políticos ambiciosos que usam do discurso para manipular as massas populares--, apesar de seu próprio pai, o deputado Ibrahim (Dan Stulbach), cumprir os requisitos para ser enquadrado no termo. 

Ela, então, refletirá sobre a propaganda eleitoral e a política brasileira. "Eu fiquei aqui pensando como é que o voto, que é a manifestação mais poderosa e legítima de um povo, pode ser tratado de forma tão vulgar?", discursará.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do autor. 


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