Renascer dá dor de cabeça para Globo que nem Travessia causou na reta final

Em suas últimas semanas, Renascer está dando uma dor de cabeça para a Globo que nem Travessia (2022) --considerada uma das novelas mais problemáticas da emissora-- causou. O folhetim de Bruno Luperi enfrenta dificuldades para embalar no Ibope, mesmo com a história de José Inocêncio (Marcos Palmeira) se encaminhando para o desfecho.

Há um mês e meio do final, o folhetim de Gloria Perez registrou em sua 24ª semana uma audiência média de 25,3 pontos. Para manter a mesma base de comparação, a 27ª semana de Renascer deu um pouco menos --com 25,0 de média no Ibope.

Mesmo em meio a críticas do público, Travessia acabou chamando a atenção em sua reta final com os dramas de Brisa (Lucy Alves) e, principalmente, Chiara (Jade Picon). Um alívio após meses nos quais a Globo viu a audiência de seu horário nobre afundar de vez.

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A surpresa para a Globo é que Renascer é uma novela muito melhor do que a sua antecessora. O texto de Bruno Luperi é bem costurado, o diretor Gustavo Fernandez entrega cenas bem acabadas e diversos atores --como Camila Morgado e Almir Sater-- estão inspirados.

A culpa pela audiência aquém do esperado é muito mais das decisões tomadas pela direção da emissora. Terra e Paixão (2023), exibida anteriormente no horário, trazia basicamente o mesmo arco central de Renascer --um filho que sofre com a rejeição do pai.

O próprio público também se cansou de seguidas novelas com temática rural, que se tornaram uma espécie de "boia salva-vidas" desde os números expressivos do remake de Pantanal (2022).

Outro ponto que se tornou bastante problemático foi praticamente manter o mesmo número de capítulos da versão exibida em 1993. Renascer já havia sido criticada na época por ser uma novela lenta, mesma razão que levou a problemas de audiência do remake.