Preso em casa, ator de Malhação entra em parafuso: 'Eu estourei bonito'

Intérprete de Roney em Malhação: Viva a Diferença, Lucio Mauro Filho não tem vergonha de admitir que terminará a pandemia de coronavírus (Covid-19) com alguns parafusos a menos. Trancado à chave com a família em sua casa no Rio de Janeiro, a ator confessa que a quarentena mexeu com o seu humor. "Eu estourei bonito", brinca.

"Eu tive algumas oscilações de temperamento. Eu sou um bicho da rua, trabalho muito e com muita gente, então essa interação social é um filtro muito importante. Faz falta estar com os amigos para bater papo e perceber que encrencou à toa com uma babaquice que todo mundo passa na vida. Não ter isso dá um pouco de agonia", entrega ele em entrevista ao Notícias da TV.

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A principal razão para o artista seguir à risca as medidas de isolamento social e sequer ter colocado a cara na rua foi um surto de mononucleose (doença infecciosa que se propaga facilmente por meio da saliva) que pegou a todos de surpresa. "Ficamos presos mesmo porque ela mexe diretamente com a imunidade", explica.

Desde os primeiros dias, a rotina familiar girou em torno de Liz, de dois anos, sua filha temporã do relacionamento com Cíntia Oliveira. Os dois também são pais de Bento e Luiza, de 20 e 14. "Ela unifica todos nós, incluindo os irmãos. A diferença de idade faz com que eles sejam quase os segundos pais dela", derrete-se.

Aos poucos, os cuidados com o bebê começaram a se acumular com a manutenção da casa na lista de preocupações de Lucio. "A gente mora no meio do mato, aqui tem até gambá. Sem contar a roupa para lavar, a cozinha e a louça sujas. Quando vi que isso não ia passar rápido, comecei a insuflar os meus amigos para a gente não ficar parado, porque senão ia bater uma depressão mundial", exagera.

O humorista, então, afagou as suas mágoas e se distraiu dos problemas domésticos ao rodar sua participação em Diário de um Confinado --produção protagonizada pelo colega Bruno Mazzeo. "Chegou praticamente um astronauta aqui com o equipamento para a gente gravar, tivemos que borrifar álcool em tudo", relembra.

As gravações, inclusive, se tornaram uma espécie de alívio coletivo, já que seus herdeiros e a mulher também colocaram a mão na massa. "O trabalho amenizou muito a sensação de confinamento. Quem não virou contrarregra ficou cuidando da Liz para ela não chorar", arremata o carioca.