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EXTREMOS

Lula ou Bolsonaro? Em quem votariam os personagens de Pantanal nas eleições?

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

A atriz Julia Dalavia e o ator Murilo Benício como Guta e Tenório em Pantanal; ela está de frente a ele, com os braços cruzados, olhando atentamente enquanto ele a olha com cara séria

Guta (Julia Dalavia) e Tenório (Murilo Benício) possivelmente votam em opostos em Pantanal

ARTHUR PAZIN

arthurpazin@noticiasdatv.com

Publicado em 16/7/2022 - 6h15

Em Pantanal, não faltam temas que coincidem com as pautas da campanha presidencial. Com aspectos que são a cara dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) e ambientada em uma região que é reduto do presidente, a novela das nove da Globo tem diversos personagens que com certeza dariam o voto ao atual gestor. A trama, no entanto, também reúne figuras que certamente votariam em um candidato de oposição, como Lula (PT).

Embora o voto seja secreto, alguns figurões que habitam as terras de José Leôncio (Marcos Palmeiras) e suas redondezas deixam bem claro em suas declarações e posicionamentos, nas cenas do folhetim, quem escolheriam para representá-los durante quatro anos caso fossem reais e precisassem participar das eleições de outubro. Na internet usuários das redes sociais já perceberam isso e escolheram seus representantes na ficção.

Tenório (Murilo Benício), por exemplo, já disse a José Leôncio durante uma negociação que não entende por que existem tantas fiscalizações para a exploração de madeira. O afrouxamento de regras ambientais é um pedido de muitos fazendeiros e grileiros de diversas regiões, endossado pelo governo Bolsonaro, que chegou até a perder o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles em meio a investigações de fraudes ambientais.

Machista e grileiro assumido, o fazendeiro, por seu perfil, dedicaria seu voto ao atual chefe do Executivo já no primeiro turno, com direito a selo na caminhonete e bandeira verde e amarela, símbolo nacionalista presente no discurso de Bolsonaro.

O também fazendeiro José Leôncio é outro que carrega muitos elementos do perfil bolsonarista, principalmente por criar gado e viver do agronegócio, grande reduto do presidente. Apesar de ser um típico machão, o marido de Filó (Dira Paes), no entanto, costuma se mostrar menos radical nas ideias de direita, sendo mais preocupado com o meio ambiente e contra a exploração do garimpo.

Ele também permitiu, lá atrás, que Maria Marruá (Juliana Paes) e Gil (Enrique Diaz) vivessem em suas terras e até cedeu uns bois a eles, prática que se não fosse caridade, seria minimamente um flerte ao esquerdista MST (Movimento Sem Terra). Longe de votar na esquerda, José Leôncio, então, possivelmente dedicaria seu voto ao capitão somente em um eventual segundo turno e, claro, arrastaria Filó (Dira Paes) com ele.

Outro peão que certamente votaria em nomes bolsonaristas de ponta a ponta é José Lucas (Irandhir Santos), mesmo sem fazer muito alarde e tendo sido criado por uma família de baixa renda. Apesar de ser contra homofobia, ele carrega consigo a imagem de macho de direita.

Além de tudo, o personagem foi caminhoneiro, categoria que também exalta o atual presidente, tendo até mesmo ganhado, recentemente, um auxílio do governo.

Ovelhas desgarradas

Se tem alguém em Pantanal que iria contra tudo e todos (e principalmente o pai) para assumir o voto em Lula é Guta (Julia Dalavia). Feminista, a jovem seria capaz de criar até mesmo um comitê para o ex-presidente voltar ao poder, arrastando também votos da comunidade e contando com o apoio de Zaquieu (Silvero Pereira).

Guta talvez ganharia apoio de Jove, o típico esquerdomacho. Embora o herdeiro de José Leôncio tenha se naturalizado no mundo do agro e mudado o perfil, ele possivelmente deixaria os ideais que trouxe para o início da trama falarem mais alto na escolha presidencial. No máximo, o rapaz, que até outro dia era vegano e ainda é defensor de uma série de causas progressistas, votaria em Ciro Gomes no primeiro turno e deixaria para ficar com o petista no segundo.

Em um capítulo no mês de junho, o rapaz chegou a falar de economia à moda do plano desenvolvimentista do ex-governador do Ceará e chegou até ser citado nas redes pelo próprio presidenciável. A difícil missão de Jove, no caso, seria convencer Juma (Alanis Guillen) a deixar a tapera para ir à urna.

Quem poderia se juntar aos dois, mas em segredo total, é Maria Bruaca (Isabel Teixeira). A mãe de Guta, que certamente teria votado em Bolsonaro no primeiro mandato influenciada por Tenório, dessa vez poderia repensar a escolha e votar no principal opositor do presidente. Além de ter questionado recentemente vários de seus costumes, Bruaca não perderia a oportunidade de contrariar o marido adúltero.

Terceira Via

Em Pantanal, alguns personagens também deixam no ar um legítimo perfil do eleitor de terceira via, aquele que não quer nem Lula, nem Bolsonaro. Irma (Camila Morgado), por exemplo, poderia ser uma dessas. A irmã de Madeleine (Karine Telles), embora defenda diversas causas e viva se confrontando por um ou outro discurso com o cunhado e os peões, é conservadora e defensora da família.

Essa mistura de realidades aproxima a personagem de um perfil que apostaria em Simone Tebet (MDB) ou até mesmo Felipe D’Avila (Novo). Mariana (Selma Egrei), sua mãe, também possivelmente iria por esse caminho. Apesar de não ser nada alinhada com a pauta de costumes da direita, o histórico de sobrenome da ex-sogra de Leôncio poderia impedi-la de optar pela esquerda contra o atual governo.


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