José de Abreu abandona sofrência e enfia o pé no humor em Mar do Sertão

Com praticamente uma novela por ano no currículo, José de Abreu volta ao ar em Mar do Sertão depois de encerrar sua participação em Um Lugar ao Sol (2021). E depois de emendar vários personagens dramáticos, o ator comemora voltar a fazer humor na próxima novela das seis da Globo --gênero que ele não faz desde Avenida Brasil (2012).

"Eu estou muito feliz, pois não faço humor desde Avenida Brasil. Faz muito tempo que só faço novelas sérias, então curti muito", diz José de Abreu, que esteve nos elencos de A Dona do Pedaço (2019), Segundo Sol (2018), Os Dias Eram Assim (2017), A Regra do Jogo (2015), O Rebu (2014) e Joia Rara (2013).

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Na novela de Mário Teixeira, o ator será o coronel Tertúlio. Pouco integrado aos novos tempos, ele é um homem ancorado ainda aos velhos princípios de honra e orgulhoso da posição que conquistou. Pai de Tertulinho (Renato Góes) e marido de Deodora (Debora Bloch), o personagem é dono do único açude de Canta Pedra, e a população depende dele para ter acesso à água.

"Nesses 40 e poucos anos aqui de Globo eu já fiz algumas novelas rurais. A Indomada (1997), Tieta (1989), embora tenha sido um papel menor, Porto dos Milagres (2001), já entrei nesse universo sertanejo nordestino com pitadas de comédia. Mas quando li a sinopse fiquei encantado com a qualidade da escrita e me encantei", conta o ator, que também já fez coronéis em Desejo Proibido e em Amazônia, ambas de 2007: "É um universo já conhecido".

Apesar de não ser uma novidade na carreira de José de Abreu, o ator se empolga com a fábula contada em Mar do Sertão. Para ele, a história de Mário Teixeira é um "novelão".

"Ninguém tem ideia do que vai ser essa novela.É outra realidade, é uma realidade criada, fantasiosa. Isso me inspira muito, porque a impressão é que você está fazendo uma obra de arte dentro de uma obra de arte. Essa coisa de você criar uma realidade que não existe convence o povo de que ela é real. E me lembra muito gente. Me lembra muito aqueles novelões de Dias Gomes, Aguinaldo Silva, esse universo que é tão brasileiro, tão rico e que dá tanto prazer para nós quando representamos, quanto para o espectador que assiste", elogia.

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