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PATRÕES SOBERBOS

Fina Estampa escancara obsessão de Aguinaldo Silva por funcionário capacho

Estevam Avellar/TV Globo

Marcelo Serrado carrega bolsas ao contracenar com Christiane Torloni e Alexandre Nero em cena de Fina Estampa, da TV Globo

Crô (Marcelo Serrado), Tereza Cristina (Christiane Torloni) e Baltazar (Alexandre Nero) em Fina Estampa

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 17/4/2020 - 5h29

Fina Estampa prova que Aguinaldo Silva é chegado em explicitar relações tiranas entre patrões e empregados, principalmente os domésticos. É o caso de Crô (Marcelo Serrado) e todos aqueles que trabalham para Tereza Cristina (Christiane Torloni). O assédio moral se repete a cada capítulo na novela de 2011, mas não é coisa do passado para o autor. Em O Sétimo Guardião (2018), a protagonista também era cercada de capachos.

A fórmula usada pelo novelista, além de explorar a violência psicológica, mostra uma certa obsessão em criar tipos arrogantes e soberbos. Comparando a trama que a Globo reprisa no horário nobre com a última de Silva, nota-se a repetição da madame que pisa e humilha aqueles que a servem.

Em O Sétimo Guardião, coube a Lilia Cabral o papel de vilã de operários e rainha das excentricidades. Na pele de Valentina Marsalla, ela dava o mesmo show de terror que Christiane Torloni teve de encenar em Fina Estampa. 

Na última década, o veterano Aguinaldo Silva escreveu três novelas para a emissora. Em todas, ele comprovou sua desenvoltura em criar tipos populares para serem amados ou odiados.

A intérprete de Griselda, por exemplo, que é uma personagem para amar, voltou ao ar dois anos depois de ter feito a faz-tudo entre 2011 e 2012 como uma espécie mais bem elaborada de Tereza Cristina.

Em Império, a atriz deu vida a Maria Marta, uma mulher que falava barbaridades e desprezava os menos favorecidos financeiramente. Vivia como rainha e também tinha um mordomo para servi-la a um estalar de dedos 24 horas por dia, assim como a "jacaroa do Nilo". O empregado foi interpretado por Othon Bastos e acabou virando o grande vilão da história.

Esse tipo de conflito entre madames e subordinados fez sucesso lá atrás, mas o humor fruto do assédio moral não é mais apreciado, virou coisa do passado.

Mesmo quem está adorando a comicidade de Crô sabe que ali tem uma lente de aumento para fazer rir, mas patrão tipo Tereza Cristina e funcionário que submete a ser capacho não têm graça.  


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