ROBERTA FELIPE
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
Em Cara e Coragem, Roberta Felipe é a dublê de Paolla Oliveira, que vive uma dublê na trama
Diversas cenas de Paolla Oliveira em Cara e Coragem poderiam muito bem estar em algum filme de As Panteras. A atriz salta, cai, faz rapel, empina e rebola, às vezes até em meio a explosões. Apesar de realizar muitas de suas próprias sequências, a dublê Pat também conta com uma dublê na vida real. Roberta Felipe, que já trabalha no meio há 17 anos, é a profissional responsável por injetar essa dose extra de perigo e ação na novela das sete da Globo, auxiliando a colega nos momentos mais arriscados.
"Toda a oportunidade que ela [Paolla] tem de perguntar, ela sempre pergunta. Ela é extremamente aplicada e incansável. Ela sempre pergunta: 'Como você faria isso? O que falaria nessa situação?'. Ela repara muito na movimentação. A gente converge nisso, tento imitar a movimentação da Pat e ela também", descreve Roberta em entrevista ao Notícias da TV.
A dublê não é nenhuma estranha ao perigo. Lembra em O Outro Lado do Paraíso (2017) quando Clara (Bianca Bin) foi colocada em um caixão e atirada de um penhasco rumo ao mar? Pois bem, Roberta estava lá, se se debatendo entre as águas para se livrar daquela prisão de madeira, que quase fez a personagem principal da trama bater as botas.
Agora, 17 anos depois de ter se jogado de cabeça na profissão, não é diferente. Alias, por se tratar de uma história que fala justamente desse universo, Cara e Coragem tem dado à dublê oportunidades de viver ainda mais situações inusitadas.
"Eu acho que tem duas cenas que são páreo duro [entre as cenas mais fortes]. Tem a cena do salto do container, que deve ter mais de 20 metros de altura, e o rapel que fizemos à noite no centro da cidade. Mais de 70 metros de altura, eu desci de cabeça para baixo, de noite. Foi bem legal", relata.
Roberta frisa que é justamente nesses momentos mais arriscados, que exigem mais preparo, que os dublês reais entram em cena. Isso não impede que os protagonistas de fato realizem algumas manobras mais insanas, algo que se tornou frequente nas mãos de Paolla.
Eles vão até o ponto em que a gente consegue perceber que não há um risco iminente muito grande. Não por falta de habilidade. A Paolla é extremamente habilidosa e com certeza faria muitas das coisas que eu fiz e ela não fez. Ela não fez por conta uma questão de segurança. É um cuidado que temos que ter. Mas ela faz muita coisa mesmo.
fábio rocha/tv globo
Os dublês Max Gabriel e Roberta Felipe
Junto do colega Max Gabriel, dublê de Marcelo Serrado no folhetim, Roberta realizou uma série de preparações para mostrar aos atores um pouco de como é o trabalho de um dublê. Os exercícios ajudaram os intérpretes a compreenderem melhor as técnicas utilizadas, mas também não são capazes de dar a completa dimensão do que é a rotina desses profissionais.
"Eu me divido entre treinar, malhar todo o dia, porque o corpo tem que estar bem, as articulações têm que estar protegidas por um tônus muscular que favoreça. Junto com isso precisamos de tempo para ir trabalhar e treinar coisas específicas para essas cenas. Por exemplo, se vou ser atropelada, três, quatro dias antes faço bastante treino de atropelamento. Mesmo já tendo sido atropelada muitas vezes na vida [risos]", afirma Roberta.
Ela também não esconde a alegria de ver sua carreira ganhar os holofotes da maneira como está sendo feito em Cara e Coragem --pela primeira vez, por exemplo, uma equipe de dublês é citada nos créditos finais de uma novela.
"É indescritível. É tudo tão novo, que na verdade minha ficha ainda nem caiu. O que eu posso dizer é que fico muito feliz, estamos sendo colocados no mapa. Estamos em uma novela da Globo, sendo representados por Paolla Oliveira e Marcelo Serrado. Quando as pessoas começam a conhecer a profissão, começam a se interessar por ela. Acho que essa notoriedade vai ser importante para profissão poder crescer", celebra.
A coragem não é ausência do medo. A coragem é a forma como a gente administra o nosso medo. Ter coragem é ter aquela ansiedade, mas confiar nas suas técnicas, na sua experiência. Eu confio no que aprendi, nos meus coordenadores, nos meus anos de experiência. O medo é amigo de quem trabalha em profissão de risco. Quando você não tem medo nenhum, existem grandes chances de você se machucar, ou algo pior. Um dublê inteligente sempre usa esse medo como um termômetro do que ele deve fazer.
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