Dublê de Marcelo Serrado entrega o que ator faz ou não em Cara e Coragem

Na primeira cena de Cara e Coragem, Marcelo Serrado precisou saltar de um container enorme, uma altura de 20 metros. Apesar do medo, ele foi motivado pela colega Paolla Oliveira a se jogar. Também havia outro porto seguro: o dublê, Max Gabriel. O profissional, assim como o personagem de Serrado na novela das sete da Globo, se arrisca para dar segurança ao colega. Mas isso não impediu o protagonista de experimentar muitas aventuras no set.

"Normalmente eu entro quando são cenas mais arriscadas, que exigem mais do corpo, mais técnica. Por exemplo, uma cena de moto, em alta velocidade, cortando um carro, é realizada por mim. Quando é uma cena pilotando a moto mais devagar, aí é o Marcelo. Todas as brigas da novela é o Marcelo mesmo que está fazendo. É uma atividade de dublê, porém é o Marcelo que tem feito. Ele se sente à vontade, são cenas que não oferecem tanto risco", revela Gabriel em entrevista ao Notícias da TV.

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Até aqui, o dublê já fez de tudo um pouco na trama, desde de descer de rapel de um prédio no meio da noite, de uma altura de 70 metros, até se enfiar embaixo de um caminhão em movimento. Ao lado de Roberta Felipe, a dublê de Paolla Oliveira, ele também testou o equipamento usado na sequência que abriu o folhetim. 

"É um sistema que foi todo testado por mim e pela Roberta. Para a cena dar certo, saímos diversas vezes e precisamos conhecer o erro desse sistema para poder acertar", detalha. 

Foram os próprios dublês que fizeram uma preparação intensa com os protagonistas para ensiná-los um pouco sobre como é a rotina de profissionais do meio, além das técnicas que são utilizadas.

Diariamente eles treinaram e fizeram um curso com a gente. Ensinamos para eles diversas especialidades, como luta cenográfica, levitação, queda de altura. Aprenderam também a como cair sem se machucar, o melhor posicionamento para a câmera ver um golpe.

fábio rocha/tv globo

Os dublês Max Gabriel e Roberta Felipe

O que a vida quer é coragem

Max Gabriel se derrete ao falar sobre o orgulho de estar em uma novela que traz a profissão que exerce ao primeiro plano. Sobretudo por causa do treinamento intenso que um dublê tem que realizar para conseguir gravar as sequências que lhe são passadas.

Ele lembra, por exemplo, a cena que gravou quando era dublê de Rodrigo Lombardi em Salve Jorge (2013), na qual o personagem Théo caía de um cavalo.

"A gente sabe que é uma profissão arriscada. Para você ser dublê tem que ter muita coragem e se empenhar muito. Muita coisa que a novela mostra é o nosso dia a dia, a nossa realidade. O grau de dificuldade e risco é maior vendo de perto", ressalta.

O dublê que não tem medo não é dublê. O medo faz parte do nosso trabalho, do nosso dia a dia. As cenas mais arriscadas, em que sabemos que podemos nos machucar, despertam medo. Não tem como saber que você corre risco de vida e não sentir medo. Mas é um medo controlável, saudável, que nos dá uma segurança.

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