Atriz vai do jeito de Deus ao que o diabo gosta em um intervalo na Record

Malu Falangola vive uma situação no mínimo inusitada no horário nobre da Record. Se a faxineira Amanda tem um coração enorme em Todas as Garotas em Mim, a intérprete leva apenas um intervalo para virar a chave completamente. Ela apronta poucas e boas em seguida como a prostituta Ioná na reprise de Amor Sem Igual (2019).

A artista não tem medo de dar um nó na cabeça do público ao trocar de lado tão rapidamente entre uma trama e outra. "Eu acho ótimo as pessoas me verem em personagens tão distintos ao mesmo tempo. Elas gostam de avaliar nossas criações, isso gera mais interesse em geral", aponta ela, em entrevista ao Notícias da TV.

O folhetim de Cristianne Fridman voltou ao ar um pouco mais de um ano depois do último capítulo. Ioná não teve um final muito feliz, mas Malu espera que Amanda tenha mais sorte na série bíblica.

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"Ela trabalha como empregada na casa dos Werner, mas também estuda, se dedica e sempre buscou construir um futuro melhor pois não conheceu seu pai. Isso gerou uma carência durante o seu crescimento e, por isso, o patrão Júlio [Angelo Paes Leme] sempre foi muito presente em momentos difíceis. Ela vai confundir essa admiração com sentimentos mais profundos", adianta.

A atriz de 28 anos vive experiência de rever um trabalho pela segunda vez, já que também deu as caras na "edição especial" Totalmente Demais (2015) durante a pandemia:

Foi muito engraçado me ver tão novinha, aprendendo e tentando. Me critiquei muito Tenho minhas inseguranças, mas hoje tento aliviar minha autocrítica por um caminho menos doloroso. Consigo me assistir, observar e julgar para que eu evolua de forma mais consciente. É uma jornada de muito estudo, o amadurecimento vai chegando, e lidar com isso é um desafio.

Da Globo para Record

Malu avalia que hoje é mais natural migrar de uma emissora a outra, até porque o mercado artístico está cada vez mais pulverizado e competitivo:

"Trabalhar com artes cênicas é muito além de glamour, estamos atentos ao mundo, é intenso. A cultura no Brasil está sensível, o teatro resiste e a TV é o meio mais potente no momento. Os 'corres' ficaram maiores sim. A resiliência define a nossa profissão."

Não à toa, a pernambucana considera que é necessário garimpar muito até encontrar um bom papel:

Não é sempre que estamos trabalhando. E olha que já estou falando de um lugar privilegiado. Existe uma parcela muito pequena que tem seu lugar ao sol, a realidade é outra. O mercado aquecido com a novidade do streaming está trazendo mudanças importantes. O acesso a atores de Estados fora do eixo Rio-São Paulo está sendo explorado e isso faz com que nossas oportunidades cresçam. O Brasil é um país gigantesco, artisticamente e culturalmente.

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