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BOM NEGÓCIO

Como Sarai e Abrão em Gênesis, casamento entre irmãos era comum na antiguidade

EDU MORAES/RECORD

Zécarlos Machado e Adriana Garambone em cena de Gênesis: caracterizados como Abraão e Sara, casal sorri e olha para o deserto

Abrão (Zécarlos Machado) e Sarai (Adriana Garambone) em Gênesis: incesto era vantagem na época

Meio-irmãos em Gênesis, Sarai (Adriana Garambone) e Abrão (Zécarlos Machado) têm um casamento que é malvisto pela perspectiva moderna. Porém, na antiguidade, era comum que parentes se relacionassem entre si para manterem os cuidados dos familiares "dentro da mesma casa". 

Quem explica isso é o teólogo e professor da PUC (Pontifícia Universidade Católica), João Cláudio Rufino. Em entrevista ao Notícias da TV, o especialista aponta o que a Bíblia diz sobre relações entre irmãos na antiguidade e desde quando o incesto passou a ser condenado por Deus. 

"Não havia tabu de incesto dentro desse período que chamamos de Antigo Oriente Próximo [4.000 a.C.-500 a.C.]. Era normal, porque queriam assegurar que os filhos continuassem sendo cuidados por determinada família", explica.

Assim como na novela, a Bíblia relata que o casal divide o mesmo pai, mas não há nenhuma menção em relação às suas mães. Na novela da Record, Danina (Laura Kuczynski) deu à luz Sarai, já Abrão é o primogênito de Amat (Branca Messina/Regina Sampaio) e Terá (Angelo Paes Leme/Julio Braga). 

No entanto, apesar de o folhetim bíblico não entregar a explicação teológica para o público que assistiu ao enlace do irmãos com certo receio, o livro sagrado menciona a proibição da relação no capítulo 18 do livro Levíticos.

A passagem explica que, quando Moisés recebeu as tábuas de Deus com os códigos legislativos, os escritos tinham indicações de que, daquele dia em diante, parentes não poderiam mais se casar ou manter relações carnais.

De acordo com o teólogo, o episódio aconteceu em 1200 a.C., enquanto a história de Sarai e Abrão (ou Sara e Abraão, como passam a ser chamados após o contato com Deus) foi quatro séculos antes, em 1600 a.C. "Abraão vive antes da entrega da Lei para Moisés. Ou seja, para aquele momento, não tinha nenhuma condenação à prática incestuosa", reforça o especialista. 

Rufino também ressalta que, mesmo com a proibição divina, um profeta da Babilônia revelou em seus escritos que a prática continuava em alguns lugares. No entanto, diferentemente dos descendentes de Terá, quem ousasse desafiar a Lei era condenado por apedrejamento. 

REPRODUÇÃO/RECORD

Na juventude, Sarai e Abrão se casaram 

Embate que não existiu

Na novela Gênesis, Abrão sofreu bastante resistência de Terá para se casar com Sarai. O comerciante de Ur dos Caldeus não gostaria que seu primogênito firmasse enlace com a garota pois, na trama, ela havia sido criada pela família de servos à qual sua mãe havia pertencido. 

Já na Bíblia, João Cláudio Rufino afirma que a passagem do pai de Abrão no livro sagrado é rápida e não indica nenhuma ruptura entre Terá e o filho por conta do casamento com a meia-irmã.

"[O livro] Vai dizer que Terá foi o pai de Abraão, Naor, Harã e Sara. Só isso, não se fala absolutamente nada dessa relação [de conflito]", finaliza o teólogo. 


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