Quem matou Ralf em O Rei do Gado? Crime perverso põe Marcos em maus lençóis

O assassinato de Ralf (Oscar Magrini) aconteceu no capítulo desta quinta (23) de O Rei do Gado, mas muita coisa ainda permanecerá encoberta. Além do assassino, a causa da morte não ficará clara nesse primeiro momento. Só depois de uma boa dose de investigações é que o delegado descobrirá que o crápula, na verdade, terá batido as botas devido a um afogamento --e não pelos ferimentos da surra que levou.

Com isso, a situação se complicará para o lado de Marcos (Fabio Assunção). Foi ele, afinal, que enterrou o cafajeste à beira do mar, local que foi inundado quando a maré subiu no decorrer da madrugada. Para todos os efeitos, ele é o culpado pela morte. Ainda assim, o mauricinho conseguirá se safar de uma condenação e jogará tudo nas costas de Orestes (Luiz Parreiras).

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De fato, o marido de Suzane, interpretada por Leila Lopes (1959-2009), tem culpa no cartório. O corno sequestrou o gigolô, fez seus capangas o entupirem de bebidas alcóolicas e lhe deu uma surra covarde. Os ferimentos, somados ao álcool, deixaram o bandido quase em coma. Por isso foi tão fácil para que Marcos o enterrasse. Ele não apresentou nenhuma resistência nem moveu um músculo, mesmo com as águas subindo pouco a pouco.

A cena, inclusive, foi bastante tensa para o intérprete. Em entrevista cedida ao Gshow justamente para comentar a exibição da morte, ele lembrou os bastidores: "Tive que gravar tudo de primeira. Eu estava praticamente enterrado, apenas com a cabeça para fora. Ao meu redor, tinham três bombeiros com umas pás grandes para me retirarem correndo dali, isso após a água, que chegou a tocar o meu nariz, chegar até a areia. Foi agoniante, mas a cena ficou perfeita", contou.

O fato é que, no fim, ninguém cumprirá pena. Apesar do laudo pericial apontando que a causa foi o afogamento, os advogados ricos e poderosos de Bruno (Antonio Fagundes) convencerão o juiz de que o crápula já estava morto quando Marcos o enterrou.

Com isso, o mauricinho será condenado apenas por vilipêndio ao cadáver --o ato de profanar um corpo; no caso do rapaz, enterrá-lo sob a areia por vingança. Ele responderá em liberdade e fará apenas trabalhos comunitários.

Orestes se livrará de forma mais dramática: ele cairá morto. O homem não aguentará a pressão dos interrogatórios e terá um infarto antes mesmo do julgamento. Viúva, Suzane arranjará um novo gigolô para chamar de seu.

Léia (Silvia Pfeifer) abrirá uma loja com Marita (Luciana Vendramini), a outra amante de Ralf. Bruno até passará vergonha durante o julgamento --todos zombarão dos chifres dele, a ponto de Marcos ter um chilique e se referir ao juiz como se fosse um líder religioso--, mas terminará a novela feliz ao lado de Luana (Patricia Pillar) e do filho, Felipe.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luís Fernando Carvalho,  a novela rural, exibida originalmente em 1996, conta a saga de Bruno Mezenga, eterno rival dos Berdinazzi.