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O BEIJO DO VAMPIRO

Com vampiro teen, novela da Globo foi considerada coisa do diabo pelo público

Divulgação/TV Globo

O ator Kayky Brito caracterizado como um vampiro, com capa e dentes falsos, em cena de O Beijo do Vampiro

Kayky Brito viveu Zeca, sanguessuga adolescente, na novela O Beijo do Vampiro (2002), da Globo

REDAÇÃO

Publicado em 26/8/2020 - 6h55

Há exatos 18 anos estreava na Globo a novela O Beijo do Vampiro (2002), de Antonio Calmon. O autor criou a trama, focada num dentuço adolescente que começava a descobrir seus poderes, dez anos após o sucesso de Vamp (1991), mas não conseguiu reviver o sucesso do passado. Ele acredita que sua história foi rejeitada pelo público mais religioso, que via os seres sobrenaturais na Globo como coisas do diabo.

Novela das sete, O Beijo do Vampiro tinha tom cômico, leve e tramas infantojuvenis. Os vampiros eram, inclusive, muito conscientes e politicamente corretos. Era proibido morder crianças, gestantes ou idosos, por exemplo. Para conviverem normalmente em sociedade, eles bebiam sangue previamente engarrafado que vinha da Escócia e passavam protetor solar fortíssimo para poderem sair à luz do dia.

A história principal girava em torno de Zeca, papel que marcou a estreia na Globo de Kayky Brito, na época com 14 anos. O garoto era filho do terrível vampiro Bóris (Tarcísio Meira) com uma amante e havia sido trocado por ele na maternidade. Assim, Zeca foi criado por Lívia (Flávia Alessandra) como se fosse um menino normal, sem ter consciência de seus poderes.

Com a chegada da adolesência, Zeca começa a passar por várias transformações e reluta em aceitar sua nova condição, o que gera crises de família e conflitos entre o bem e o mal. Ao mesmo tempo, ele tem de lidar com as relações sociais e românticas com os colegas de sua idade.

A história, no entanto, não teve o desempenho que o autor esperava. Em depoimento ao livro Autores, Histórias da Teledramaturgia, ele citou a propaganda eleitoral obrigatória, o horário de verão e o Carnaval como fatores que contribuíram para a baixa audiência da novela, mas considerou que o fanatismo religioso também prejudicou o desempenho.

"O tema vampirismo desagrada a uma parcela de donas de casa que acha fantasioso ou é fundamentalista, acreditando que o diabo se manifesta em seus lares no momento em que se liga a TV para ver minha novela", comentou.

O Beijo do Vampiro teve média geral de audiência de 28 pontos, bem abaixo de sua antecessora, Desejos de Mulher (33 pontos), e de sua sucessora, Kubanacan (35 pontos). A novela nunca foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo ou no Viva.

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