Autores de Bom Sucesso escrevem cenas extras para reprise de último capítulo

Quando os créditos finais de Bom Sucesso subirem durante o último capítulo em 24 de janeiro, a história escrita por Paulo Halm e Rosane Svartman não chegará ao fim definitivamente. Os autores preparam cenas extras para serem exibidas durante a reprise no sábado (25). "Tem que assistir de novo", conta Halm ao Notícias da TV.

Os novelistas, claro, não entregam o conteúdo das sequências e nem dão pistas sobre o destino de Alberto (Antonio Fagundes). Após descobrir que era doente terminal no início da trama, o personagem sobreviveu aos seis meses de exibição para aparentemente morrer ao lado de Paloma (Grazi Massafera) durante o Carnaval.

"A grande questão da novela acabou não sendo sobre o casal [protagonista], mas se ele vai morrer. Ouço isso em todas as esquinas", aponta a roteirista Cláudia Sardinha, que colabora com a dupla desde Malhação: Sonhos (2014) e Totalmente Demais (2015).

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O final do editor de livros, no entanto, já foi definido pela equipe no sábado (11), quando eles se reuniram pela redigir o último capítulo. "Mas esse segredo eu levo para o túmulo", brinca Rosane.

Ela adianta, porém, que os momentos decisivos da produção foram os mais difíceis e intensos de serem produzidos. "Quando a gente escreveu, chorou, se emocionou. Ficamos dois dias antes de entregá-lo, então deu tempo de curtir um pouco também", explica a autora.

wALLACE BARBOSA/AGNEWS

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Pé no acelerador

Apesar dos bons índices de audiência, que costumam superar até mesmo os números de Amor de Mãe, Paulo acredita que a novela não foi uma unanimidade. "Deu muito certo, mas também levou muita paulada. Tem gente que bate na gente diariamente nas redes sociais", confidencia.

As críticas que o incomodaram foram as acusações de que a narrativa sofreu em seus últimos meses com uma barriga, como são chamadas fases em que nada de relevante acontece ou há situações repetitivas. "Ninguém ficou enxugando gelo, a gente teve momentos de ação vertiginosa antes do clímax", argumenta ele.

Rosane expõe que as tramas de Elias (Marcelo Faria) e a vingança de Diogo (Armando Babaioff) já estavam previstas na sinopse original, que foi seguida praticamente à risca. Elas não teriam sido inventadas para adiar acontecimentos mais relevantes, nem para dar sobrevida ao personagem de Antonio Fagundes.

"É como uma sonata, em que no final tudo acelera. Já tínhamos previsto isso e, se perceber, nas outras obras que a escrevemos também há essa crescida, um ritmo policial, enquanto a gente vinha resolvendo as histórias e os afetos", pondera Svartman.

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