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BRUNO LUPERI

Autor busca destruir fronteiras com Renascer: 'Desarticular discurso de ódio'

FÁBIO ROCHA/TV GLOBO

O ator Humberto Carrão está com facão cravado em uma árvore em cena do remake de Renascer como José Inocêncio

José Inocêncio (Humberto Carrão) em cena icônica: mocinho de Renascer faz pacto com jequitibá

MÁRCIA PEREIRA, colunista

marcia@noticiadastv.com

Publicado em 17/12/2023 - 12h00

Neto de Benedito Ruy Barbosa, Bruno Luperi afirma que não é o "dono" de Renascer, mas, sim, o primeiro servo do remake. Sua pretensão é engrandecer a obra que a Globo exibiu em 1993, história que ele diz que foi criada quando seu avô chegou ao auge como novelista. Então, o que ele busca reescrevendo algo que já foi feito com perfeição?

"Eu acho que esse país é muito profundo. O Brasil tem uma das maiores diversidades de espécies, de gêneros, de tipos, de formas, de crenças, de credos, que convivem em harmonia e têm uma capacidade de desarticular discurso de ódio e de divergência. Eu acho que a gente precisa se apropriar daquilo de novo", responde o autor.

Ele afirma que a próxima novela das nove tem o propósito de resgatar as pessoas. "Resgatar o divino da natureza, resgatar o contemplativo, o amor pelo próximo. Tem a potência dessa diversidade de credos, tem uma camada que vai tocar muito aí", comenta o novelista. Luperi se refere ao fato de a história ter mãe de santo e pastor evangélico, além do catolicismo.

Para o roteirista, uma novela é uma fotografia da época em que ela se passa, e tudo mudou de 2012 para cá, com a internet se tornando realidade na vida da maioria das pessoas. Ele diz que estamos em uma nova era, que não tem manual de instruções e em que muitas coisas do passado não funcionam com as novas gerações. 

reprodução

Bruno Luperi

Bruno Luperi durante entrevista virtual na terça (12)

"O tempo escreve junto com a gente. Nesses 30 anos que se passaram, a gente teve o advento na internet, da rede social, de uma polarização muito grande tomando conta do mundo", observa o novelista.

O neto de Ruy Barbosa teve medo de abraçar mais um projeto do avô, afinal Pantanal (1990 e 2022) deu certo e é difícil superar uma marca de sucesso. Porém, ele diz que um sentimento maior tomou conta dele assim que a Globo fez o convite para a adaptação da saga rural, que agora vai ser protagonizada por Humberto Carrão e Marcos Palmeira no papel de José Inocêncio.

Seu objetivo é fazer um novo retrato da nossa sociedade a partir das histórias daqueles personagens que seu avô criou, em uma época em que a sociedade não tinha a consciência do patriarcado, do machismo e do racismo como tem nos dias de hoje.

Sua vontade é que o Brasil olhe a novela como se olhasse no espelho e se enxergasse. "A nossa novela fala de um Brasil profundo porque fala de brasileiros e de como nós vivemos no nosso tempo, como enfrentamos os nossos dilemas. Então, eu tentei ao máximo recriar essa fotografia que ele fez, porque eu vejo um valor absurdo nisso", conclui Luperi. 

O remake de Renascer vai estrear em 22 de janeiro, e a novela vai substituir Terra e Paixão no horário nobre. Está previsto que a trama fique no ar até setembro do ano que vem. 


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