Atriz troca The Voice Kids por série da Record: 'Pode ter causado certo choque'

Gabi Borges brinca que talvez tenha dado um nó na cabeça do público ao se mostrar como atriz em Todas as Garotas em Mim. Afinal, a maior parte dos telespectadores a conheceu "às cegas" nas audições do The Voice Kids (2017). "As pessoas achavam que eu seguiria a carreira de cantora, mas poucas sabiam que meu sonho sempre foi atuar. Pode ter gerado um choque nesse sentido", diz.

Em entrevista ao Notícias da TV, a atriz afirma que nem é tão complicado equilibrar os textos para decorar, as músicas para ensaiar e as aulas de piano nessa equação. "É muito natural. Desde pequena, eu me aprofundei em estudar artes porque sempre senti prazer na área. É algo divertido, prazeroso", avalia.

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Ela conta que parte dos fãs que a acompanham na série da Record já a viam no reality show da Globo. "Eu tenho seguidores fiéis desde o The Voice Kids. Acho legal porque eu era uma menina ainda. Estava na minha muda vocal, com uma voz pouco madura, mas mesmo assim as pessoas me acompanham até hoje", surpreende-se.

O caminho não foi dos mais fáceis. "Eu já tentei desistir várias vezes da vida de artista, mas algo dentro de mim sempre me levava de volta. Minha mãe sempre brinca que independentemente do que eu estiver fazendo, faço como artista. Está na veia, ninguém tira isso de mim", dispara.

A experiência de interpretar a Sabrina não é exatamente a mais tranquila de todas para Gabi, já que a personagem desperta alguns gatilhos da própria jovem. "Ela vive uma vida intensa e cheia de agito porque talvez esteja fugindo dos reais problemas que enfrenta, assim como grande parte dos adolescentes fazem", analisa.

Ela também passou por essa fase em que quis se ver cercada de pessoas, dando mais valor à quantidade do que à qualidade:

Eu não sabia ainda muito sobre mim e os meus gostos. Os adjetivos que as pessoas me davam eram extremamente relevantes. O que pouca gente sabe é que, na minha infância, eu sofri bullying durante muitos anos. Então, quando eu entrei na pré-adolescência, eu fazia de tudo para me encaixar e ter validação das outras pessoas. Escondia meus sentimentos e usava uma faceta alegre e animada –assim como a Sabrina– para disfarçar uma baixa autoestima.

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