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ROGÉRIO BRITO

Ator resgata conexão com ancestrais como rei negro em Nos Tempos do Imperador

JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

O ator Rogério Brito está com uma lente branca, como se fosse cego do olho direito, e com roupas de algodão cru, de corte africano à moda do século 19, como dom Olu em cena de Nos Tempos do Imperador

O ator Rogério Brito interpreta dom Olu, o rei da Pequena África, em Nos Tempos do Imperador

DANIEL FARAD, do Rio de Janeiro

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 17/8/2021 - 6h35

Rogério Brito segue passos reais ao cruzar as ruas da Pequena África na pele de dom Olu em Nos Tempos do Imperador. O personagem foi inspirado em uma das mais populares figuras da corte no Segundo Reinado (1840-1889), mas que foi apagada até mesmo dos rodapés dos livros de História --Cândido da Fonseca Galvão (1845-1890), o dom Obá.

O príncipe africano era amigo pessoal do monarca de "carne e osso", assim como o marido de Cândida (Dani Ornellas) também goza de prestígio junto a Pedro (Selton Mello). O próprio título Obá entrega a nobreza de seu sangue, já que era dado apenas aos chefes de Estado do Império de Oió, que corresponde hoje a uma parte dos territórios da Nigéria e do Benim.

"Eu estou muito feliz de fazer a novela, mas igualmente perdido e angustiado como os meus colegas. O bom do meu personagem é que ele tem um ponto de partida histórico, então eu não fico completamente no escuro. O problema é que também não há uma clareza sobre esse homem, de onde ele vem ou para onde ele vai", explica o ator ao Notícias da TV.

Brito revela que, nos momentos de dúvida, em que não pode preencher as lacunas sobre o papel com uma simples consulta na internet ou nas páginas de uma enciclopédia, aprendeu a procurar por respostas na própria história. Ou melhor, na própria pele.

"Sempre que fico perdido, eu busco me reconectar com os meus ancestrais. A gente precisa de líderes neste momento que passa, de alguém que nos conduza, então é importante que nós, negros, tenhamos a consciência de onde viemos. Dom Olu me dá essa luz", avalia.

Afinal, o pai de Zayla (Alana Cabral/Heslaine Vieira) ainda aglutina em si outros nobres africanos que, pela guerra ou pelo infortúnio, atravessaram o Atlântico como escravos e aqui estabeleceram a sua realeza --como a rainha Nã Agontimé, do reino de Daomé, cuja fé aos seus voduns (espíritos ancestrais) é repercutida até hoje no tambor de mina.

"Eu confio totalmente nos pesquisadores da novela, nos nossos autores, mas também fico cada vez mais perdido e sedento por mais detalhes a cada cena de Olu. Redescobrir essas pessoas para mim é uma tarefa angustiante, mas prazerosa", arremata o artista.


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