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JULIANA LOHMANN

Após revelar estupro na vida real, atriz vive abuso sexual em novela da Record

REPRODUÇÃO/RECORD

A atriz Juliane Lohmann como a personagem Cindy de Amor Sem Igual, da Record

Juliane Lohmann como Cindy em Amor Sem Igual; personagem vai virar uma escrava sexual na trama

REDAÇÃO

Publicado em 13/8/2020 - 8h20

Após revelar que foi estuprada quando tinha 18 anos, Juliana Lohmann agora terá que reviver o abuso como Cindy, sua personagem na novela Amor Sem Igual, da Record. Na trama, a prostituta será mantida como escrava sexual na Europa e terá que lidar com os traumas de ter sido assediada por um padrasto quando era mais nova.

De acordo com a coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a virada de Cindy foi uma supresa para a própria atriz. Pelo menos, o sufoco da personagem não será longo, já que logo ela será resgatada pela polícia e voltará ao Brasil. 

A novela teve suas gravações interrompidas devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em abril deste ano, mas os trabalhos retornaram nesta semana seguindo protocolos de segurança. 

Em julho deste ano, Juliana Lohmann disse que foi estuprada por um diretor de TV quando recebeu uma falsa proposta de emprego durante sua primeira viagem a trabalho. Segundo a atriz, o homem possui "uma boa imagem midiática de família margarina" e cometeu esse crime após ter consumido drogas em sua companhia. 

"Me instalei no quarto do hotel e, em seguida, a convite dele, nos encontramos em seu apart, no último andar desse mesmo hotel, pra conversarmos um pouco sobre o roteiro enquanto esperávamos um sinal dos produtores para a realização do teste", disse a atriz em seu relato para a revista Cláudia

"Passamos o texto duas ou três vezes já no fim da tarde. Ele concluiu que a personagem exigia 'mais loucura' e me sugeriu que fumássemos maconha pra que a cena fosse relida posteriormente, argumentando que dessa forma descobriríamos novas nuances. Fiquei reticente, mas acabei aceitando. Dizer não para um diretor não é algo que uma atriz de 18 anos sabe exatamente fazer", relatou.

"Um trago foi o suficiente pra que eu ficasse completamente chapada. Em determinado momento, percebi que o contato que ele fazia comigo excedia o profissional", seguiu ela.

"Ele veio me beijar. Eu me assustei, disse que não queria. Foi uma completa surpresa acreditar que aquele homem, com sua boa imagem midiática de família margarina, pudesse se aventurar com outras mulheres. Não queria e não sabia como fazer pra me desvencilhar do diretor do filme cujo teste, àquela altura, iria acontecer somente no dia seguinte, por causa da disponibilidade dos produtores".

No relato para a publicação, Juliana também contou sobre o preconceito que vivenciou de um ex-namorado quando revelou a ele o estupro.

"Ouvi que se eu realmente não quisesse ter transado, eu teria jogado um abajur na cara do sujeito. Eu e esse namorado tivemos um relacionamento relativamente duradouro por volta dos meus 20 anos, no qual constantemente sofri violências psicológicas, verbais e físicas", relatou.

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