ACESSIBILIDADE
FOTOS: REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Juliana (Tabata Contri) em cena de Travessia: advogada liderará protesto por rampa de acesso
O primeiro merchandising social de Travessia chega com tudo nesta terça (13) à novela das nove da Globo, a partir de um protesto de cadeirantes no bar do Nunes (Orã Figueiredo). A defesa da acessibilidade já vem sendo pincelada por meio de Juliana (Tabata Contri). Agora, a advogada reunirá vários portadores de deficiência para reclamar da falta de rampas de acesso no Encanto da Vila em sua festa de aniversário.
Necessária, a trama que será desenvolvida a partir daí representa também um risco para o folhetim, que é muito criticado nas redes sociais. Ao colocar a campanha no ar sem a história agradar para valer, Gloria Perez pode afugentar ainda mais o público que, em sua maioria, deseja ingredientes clássicos das novelas, como romance, vilanias e personagens para amar e odiar.
Quem acompanha a trama percebeu que a defensora de Brisa (Lucy Alves) estava armando algo para Nunes porque exigiu até a assinatura de contrato para realizar a comemoração no estabelecimento dele. Ela sempre prega cartazes informativos e questiona o comerciante, que não dá a mínima para as queixas da bacharel em Direito.
"Ah, eu sabia que essa marra não durava muito! Deixar de frequentar um bar como o Encanto por causa de uma rampa?", disse Nunes ao saber da reserva feita por Juliana em cena que foi ao ar na semana passada.
Gloria Perez tem como uma de suas marcas merchandisings sociais que comovem os telespectadores. Na sua última novela dela, A Força do Querer (2017), Ivana/Ivan (Carol Duarte) defendeu a diversidade. Didática, a saga do homem que nasceu no corpo de uma mulher foi progressista e coleciona elogios.
A transmissão de mensagens socioeducativas e o incentivo ao debate e à mudança de comportamento têm de ser aplaudidas, mas não dá para esquecer que novela é um produto para entreter e precisa atingir metas de audiência em uma emissora comercial como a Globo.
Carolina Dieckmann fez história em Laços de Família
Existem vários casos bem-sucedidos nesse setor. Quem não lembra do incentivo à doação de medula óssea com o drama de Camila (Carolina Dieckmann) em Laços de Família (2000) ou do drama da dependência química vivido por Mel (Débora Falabella) em O Clone (2001)?
A própria autora de Travessia tem um merchandising social que entrou para história do país com as mães de crianças desaparecidas em Explode Coração (1995).
O perigo é uma campanha como a do Estatuto da Pessoa com Deficiência virar mais um ingrediente antiatraente em uma história que já anda cambaleando, seja porque é monótona ou cheia de furos.
Para completar, Juliana vai brigar pelo direito à acessibilidade justamente em um núcleo que vive sendo apedrejado nas redes sociais pela sua falta de importância e enredo já visto em outros folhetins da autora.
Por último, após o protesto, Nunes sofrerá uma queda e terá de se locomover em uma cadeira de rodas. O personagem interpretado por Orã Figueiredo sentirá na pele a dificuldade que portadores de deficiência enfrentam. Juliana o ensinará a se movimentar em uma cadeira de rodas, e ele colocará a rampa de acesso em seu estabelecimento, mostrando que aprendeu a lição.
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