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ESTREIA NESTA SEGUNDA

Amor de Mãe desafia maldições e busca nova fórmula para o horário nobre

Estevam Avellar/TV Globo

As atrizes Regina Casé e Adriana Esteves em cena da nova novela das nove da TV Globo, Amor de Mãe

Lurdes (Regina Casé) e Thelma (Adriana Esteves) vão se conhecer nos primeiros capítulos de Amor de Mãe

MÁRCIA PEREIRA e DANIEL FARAD, no Rio de Janeiro

Publicado em 25/11/2019 - 5h20

Amor de Mãe estreia nesta segunda (25), uma semana antes de começar o mês mais corrido do ano. Compras de Natal e a preparação para viagem de férias sempre afastam o público da TV, e a nova novela tem uma outra maldição para enfrentar: a zica dos autores estreantes no horário nobre. Para complicar, o folhetim que substituirá A Dona do Pedaço traz um fórmula nova para a faixa, com excesso de drama e ausência de vilões.

Manuela Dias é a primeira autora de novela em 35 anos a ser lançada diretamente no horário mais nobre. Bem-sucedida em trabalhos em outros horários, como a minissérie Justiça, a roteirista se tornou uma das apostas no processo de renovação de novelistas iniciado por Silvio de Abreu, diretor de dramaturgia da Globo.

O executivo já obteve bons resultados com estreantes nas faixas das seis e das sete, mas nunca às nove. Anteriormente, ele já havia promovido Vincent Villari e Maria Adelaide Amaral para o time de autores do horário nobre da emissora, mas os dois não conseguiram fazer sucesso com A Lei do Amor (2016)

A trama testou a paciência do público com uma história esquecível e personagens pouco cativantes. Um fiasco que em nada lembrou os sucessos da dupla à frente de Sangue Bom (2013) e do remake de Ti Ti Ti (2010).

Antes deles, João Emanuel Carneiro também enfrentou dificuldades ao estrear às nove com A Favorita (2008). A trama demorou meses para cair nas graças do público, e só deu certo depois que o novelista mexeu na história. Ele precisou adiantar a revelação de que Flora (Patrícia Pillar) era a grande vilã.

REPRODUÇÃO/tv globo

Vitória (Taís Araújo) é uma advogada bem-sucedida, mas obcecada em ser mãe na novela

Nem mesmo Walcyr Carrasco escapou das turbulências em Amor à Vida (2013). Em sua primeira incursão no horário nobre, o autor não conseguiu produzir um fenômeno de audiência, mas a redenção de Félix (Mateus Solano) e a torcida pelo casal gay da produção fizeram história. 

Em sua segunda chance, o autor de A Dona do Pedaço também patinou nos capítulos iniciais de O Outro Lado do Paraíso (2017). Carrasco, porém, conseguiu dar a volta por cima, e a saga vingativa de Clara (Bianca Bin) terminou como uma das mais assistidas dos últimos anos, atrás somente de Avenida Brasil (2012).

joão cotta/tv globo

Álvaro (Irandhir Santos) é um empresário sem escrúpulos; o personagem flerta com vilanias


Fim de ano zicado

O Sétimo Guardião, no fim do ano passado, mostrou que estrear em novembro poder ser um erro de estratégia. A novela entrou no ar já no horário de verão e às vésperas de dois feriados seguidos. Desde 2012, todas as tramas que começaram no mês de outubro sofreram problemas, diferentemente daquelas que estreiam no primeiro semestre do ano.

A trama de realismo fantástico de Aguinaldo Silva chegou em novembro, ainda mais atrasada do que as outras, como também será o caso de Amor de Mãe. Esse foi um dos pontos que a prejudicaram. Salve Jorge (2012) e A Lei do Amor também estrearam próximas do fim do ano e tiveram de lutar para conquistar a audiência.

Quem é noveleiro sabe que é normal existir uma espécie de luto na troca de produções. A nova trama das nove vai ter de lidar com isso, já que a história da boleira de Juliana Paes teve muitas críticas, mas também conquistou muitos fãs.

JOÃO COTTA/tv globo

Kátia (Vera Holtz) seria candidata a vilã, mas traficante de crianças vai morrer logo na trama

A Globo tentou blindar Manuela Dias da maldição da baixa audiência ao adiar sua estreia. Era para Amor de Mãe ter substituído O Sétimo Guardião, mas Walcyr Carrasco furou a fila e elevou o ibope. 

Sem maniqueísmo

A estreia desta segunda ainda tem mais uma prova de fogo pela frente. Tanto a autora quando o diretor artístico, José Luiz Villamarim, buscaram uma fórmula menos folhetinesca para contar a história das três mães com realidades totalmente distintas. Eles testarão não ter um grande vilão em cena e focarão em "recortes" da vida real, situações que estão no noticiário.

joão cotta/tv globo

Davi (Vladimir Brichta) é um ativista ambiental, que engravidará Vitória (Taís Araújo)

"É a vida que surpreende, a vida que dá ganchos, a vida que vira o jogo. As questões estão dentro da novela, mas a ação dramática não é construída pelo vilão. Todo mundo na história é normal, são pessoas que a gente conhece. Uma hora faz algo errado, uma hora é do mal, outra do bem. Não há uma pessoa o tempo todo boa ou o tempo toda má, assim como na vida", declara o diretor.

"Cada um está em sua própria batalha, na maioria das vezes, fazendo tudo o que pode para ser feliz sem passar a perna em ninguém. No fundo, a maioria esmagadora das pessoas acorda todo dia para fazer o bem, para ser feliz, para realizar seus sonhos. Sonhos de independência e identidade. Aí vem a vida, com outros planos, e desafia a força interior de cada um", discursa Manuela Dias.

A novela tem ainda um "quê" da minissérie Justiça, trama na qual o protagonista virou coadjuvante ao entrar em outro núcleo e ser visto de outro ponto de vista. Ao menos serão assim as histórias de Lurdes (Regina Casé), Vitória (Taís Araújo) e Thelma (Adriana Esteves), as três mães heroínas da nova saga das nove. 


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