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INFLAÇÃO EXPLICA

Vale o perrengue? Sem reajuste, prêmio do No Limite desvaloriza R$ 240 mil

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Carol Peixinho cava areia durante prova do No Limite; ao fundo da imagem, participante da equipe Calango conversam

Carol Peixinho e a equipe Calango durante prova do No Limite 5; reality vai pagar R$ 500 mil ao campeão

VINÍCIUS ANDRADE

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 20/5/2021 - 7h15

O No Limite, que voltou a ser exibido pela Globo neste ano, pagará ao campeão da quinta temporada um prêmio de R$ 500 mil, mesma quantia oferecida em 2009, ano em que o reality de perrengues na praia tinha sido transmitido pela última vez. Com a falta de reajuste nesse retorno, a premiação perdeu praticamente metade do valor por conta da inflação.

Um levantamento feito a pedido do Notícias da TV pelo educador financeiro William Ribeiro, CEO da plataforma Dinheiro com Você, indica que o poder de compra de R$ 500 mil de 2009 equivale a R$ 257.731,96 --uma desvalorização de mais de R$ 242 mil.

A redução acontece por causa do índice de inflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para calcular a variação dos preços para o consumidor final. O educador financeiro faz uma projeção de quanto a Globo deveria oferecer ao campeão do No Limite 5, de acordo com esse índice:

De abril de 2009 até abril de 2021, o IPCA apresentou uma correção acumulada de 94,37%. Significa dizer que, apenas para manter o mesmo poder de compra de 12 anos atrás, o prêmio do No Limite deveria ser corrigido para R$ 971.864,05.

Em 2009, a bombeira Luciana Araújo foi a campeã e ganhou os R$ 500 mil. O valor do prêmio do No Limite variou ao longo do tempo. Na edição de estreia, em 2000, a ganhadora Elaine Melo recebeu R$ 300 mil. Léo Rassi, melhor da segunda temporada, levou R$ 100 mil. A bolada voltou a subir em No Limite 3, quando o vencedor Rodrigo Trigueiro ganhou R$ 300 mil.

Segundo o educador financeiro William Ribeiro, caso a campeã da quarta temporada aplicasse os R$ 500 mil em uma renda fixa, atualmente ela teria quase o triplo do valor. "Se ela tivesse investido a bolada em um CDB com rentabilidade de 100% do CDI, teria hoje o equivalente a R$ 1.394.287,88", calcula.

Paula (à esq.), Ariadna, Guilherme e Elana

No Limite dos ex-BBBs

Para entrar em No Limite 5, a primeira exigência era ter participado de alguma das 21 temporadas do Big Brother Brasil. O jogo começou com 16 participantes, e dois deles já foram eliminados: Angélica Ramos e Mahmoud Baydoun.

Apesar de o prêmio de R$ 500 mil ter desvalorizado nos últimos 12 anos, os competidores sabem que estar em um reality da Globo pode ajudar nos negócios digitais, com mais alcance, engajamento e anúncios nas redes sociais pessoais. Participantes que conquistam exposição e fãs nesse tipo de programa têm potencial para lucrar alto com publicidade na web.

Campeã do BBB21, Juliette Freire tem atualmente 29 milhões de seguidores no Instagram e pode ganhar até R$ 43 milhões em um ano com anúncios na plataforma. A projeção é feita por Thiago Cavalcante, sócio da Inflr, startup que atua com marketing de influência.

O especialista em negócios digitais acredita que o No Limite, apesar de não ter a mesma exposição do Big Brother Brasil, pode ajudar a alavancar carreiras na web. Um influenciador considerado médio tem entre 500 mil e 2 milhões de seguidores, com ganhos que variam de R$ 3 mil a R$ 100 mil por mês.

Ele cita o exemplo de Ariadna Arantes, que entrou no reality de aventura com 748 mil seguidores e já conta com mais de 805 mil fãs atualmente. "Ariadna é uma influenciadora média, com quase 800 mil seguidores no momento, e ficou conhecida do público em 2011, uma década atrás. No decorrer do programa, ela não só deve ultrapassar a casa do milhão de seguidores, como se tornará mais relevante para o momento atual", aponta.


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