Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

ESTREIA DA NETFLIX

Zack Snyder se inspirou na filha morta para criar filme Army of the Dead

Divulgação/Netflix

Dave Bautista e Zack Snyder conversam nos bastidores de Army of the Dead

Zack Snyder (à dir) comanda Dave Bautista em Army of the Dead; diretor explicou inspiração para o filme

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 20/5/2021 - 7h00

Dezessete anos após dirigir Madrugada dos Mortos (2004), Zack Snyder retorna ao universo de zumbis com Army of the Dead (2021), filme que estreia nesta sexta-feira (21) na Netflix. Diferentemente da motivação de quase duas décadas atrás, de reimaginar o clássico do cinema de terror idealizado por George Romero (1940-2017), desta vez o cineasta se inspirou na relação com os filhos para criar uma nova aventura com mortos-vivos.

Pai de oito herdeiros, o diretor de 55 anos foi destaque na mídia há quatro anos ao deixar a produção de Liga da Justiça (2017) após a filha Autumn (1997-2017) tirar a própria vida. Snyder não só dedicou a ela a sua versão do longa que reúne os heróis da DC como também buscou na relação com ela e seus irmãos a principal inspiração para Army of the Dead.

Na trama do novo filme da Netflix, Scott Ward (Dave Bautista) lidera uma equipe que tenta invadir um cassino de Las Vegas para roubar milhões de dólares. A principal jornada do protagonista, no entanto, é tentar se reconectar com a filha Kate (Ella Purnell), que se juntou ao grupo para encontrar uma amiga. 

Em entrevista coletiva da qual o Notícias da TV participou, o cineasta explicou que idealizou a relação entre Scott e Kate após passar pela experiência de ser pai.

Depois que eu fiz Madrugada dos Mortos, depois que me tornei pai e criei um relacionamento com os meus filhos, isso tudo me ajudou muito a pensar na história de Army of the Dead. A jornada emocional do filme, em muitas partes, eu tirei dessas relações. É sobre Scott tentando se reconectar com a filha. Claro, é um filme de assalto com zumbis, mas, no final, é um filme sobre a relação de um pai com sua filha.

Como cenário para a história de Scott e Kate, está uma das cidades mais famosas do mundo, infestada pela praga que transformou sua população em mortos-vivos. Ao contrário das criaturas de Walking Dead e outras produções atuais, alguns zumbis de Army of the Dead apresentam uma inteligência mais avançada do que a audiência está habituada a ver na cultura pop.

CLAY ENOS/NETFLIX

Zack Snyder nas filmagens de Army of the Dead

Segundo Snyder, outra grande motivação para fazer do longa da Netflix o seu primeiro projeto pós-Liga da Justiça foi "quebrar os limites" do que é conhecido dos filmes de zumbis. Para isso, ele resgatou um roteiro que tinha começado a escrever anos atrás.

"Depois de fazer Madrugada dos Mortos, eu comecei a desenvolver uma ideia sobre uma Área 51 [popular base militar norte-americana, que supostamente esconderia evidências de vida alienígena] que uniria filmes como Duro de Matar, Fuga de Nova York e Planeta dos Macacos. Eu fiquei fascinado pelas regras desse gênero e queria saber até onde era possível ir", contou.

Aos jornalistas, Snyder confessou que deseja mostrar uma evolução das produções de zumbis já criadas até hoje. O diretor vai além e explica que, em qualquer filme de monstros e desastres, os vilões, muitas vezes, são os humanos.

"Zumbis têm evoluído no cinema e na cultura pop porque, nos filmes de monstros, os monstros somos nós, os humanos. Eu não só queria mudar os zumbis clássicos, mas mostrar o que havia depois. Queria ter a noção de que esses zumbis estão evoluindo, que eles representam uma substituição ao que seria um outro nível de "animal" que está por aí. Eles não são ambiciosos, não estão destruindo o planeta, pensam neles. Eles representam algo que consegue conviver sem nós. É algo engraçado e assustador de se imaginar."

Ciente da cobrança que poderia vir do público, o diretor foi sincero e disse que teve medo de que Army of the Dead pudesse não ser aceito pelos fãs do gênero.

"Fazendo filmes de heróis, eu voltei a pensar em como as pessoas imaginariam o limite do gênero [de zumbi], até onde eles aceitariam, então falei com a Netflix, e eles adoraram a ideia. Eu reescrevi o roteiro, pensei em uma perspectiva diferente. É um filme de zumbi, com uma gangue de zumbis. Eu cheguei a pensar que ninguém assistiria", brincou.

Confira o trailer de Army of the Dead:


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.