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DIREITOS DE TV

Sem TNT Sports, Globo já negocia para ter todos os jogos do Brasileirão em 2022

DIVULGAÇÃO/PALMEIRAS

Os jogagores Gustavo Scarpa e Raphael Veiga se abraçam em um jogo do Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro

Gustavo Scarpa e Raphael Veiga, do Palmeiras: clube fica sem contrato de TV paga no Brasileirão em 2022

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 29/9/2021 - 13h00

A Globo agiu rápido e começou a ir atrás dos clubes que têm contrato com a TNT Sports para conversar sobre os direitos do Campeonato Brasileiro. A emissora quer ter todos os jogos do Brasileirão na TV a partir do ano que vem. Anunciado na última terça-feira (28), o projeto esportivo da WarnerMedia usou cláusula contratual prevista para deixar as transmissões do principal torneio nacional.

Ao todo, serão 76 partidas que estão na mesa para a TV por assinatura. São sete clubes que ficam sem contrato e estão na Série A: Palmeiras, Santos, Bahia, Ceará, Fortaleza, Athetlico-PR e Juventude-RS. Times que estão na Série B e brigam para subir no ano que vem, como o Coritiba, também deixam de ter contrato com a TNT Sports.

A nova negociação já acontecerá com a nova Lei do Mandante, sancionada recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Neste modelo de negociação, o clube que é dono da casa onde um jogo realizado é o responsável pela venda dos direitos de transmissão.

Segundo apurou o Notícias da TV, a emissora já conversa com os clubes para saber a forma com que esses direitos serão negociados. As deliberações deverão ocorrer de forma conjunta, como aconteceu em todas as conversas com a Warner pela rescisão do contrato. Ou seja, se a proposta da Globo não agradar a todos os clubes que estão na mesa, nenhum acordo será feito.

A Globo não deve dar grandes benefícios para quem estava com a TNT Sports até este ano. O modelo que será oferecido será o mesmo pelo qual a emissora fechou a grande maioria dos contratos de TV aberta e TV por assinatura, com 40% de pagamento igual no início do Brasileirão (algo na casa dos R$ 21 milhões), 30% por desempenho esportivo e outros 30% por transmissões na TV.

O que deve acontecer é que a Globo vai aumentar o bolo pelo que paga pelo Brasileirão. Caso feche com todos os sete times para o SporTV, o grupo vai pagar o total de R$ 500 milhões para todas as equipes só por esta mídia --atualmente, paga pouco mais de R$ 300 milhões por direitos de 13 clubes (Flamengo, Fluminense, Red Bull Bragantino, Atlético Mineiro, América Mineiro, São Paulo, Corinthians, Grêmio, Internacional, Sport, Chapecoense, Cuiabá e Atlético-GO).

Somando os valores pagos em TV aberta (R$ 600 milhões) e pay-per-view (R$ 650 milhões), o investimento da Globo pelo Brasileirão chegará a R$ 1,8 bilhão por ano até 2024, quando acaba o atual ciclo do Brasileirão. As conversas sobre negociações de transmissões a partir de 2025 devem acontecer apenas no ano que vem.

Saída da TNT Sports do Brasileirão

A TNT Sports, projeto esportivo da WarnerMedia, comunicou ao mercado nesta terça-feira (28) que deixará de transmitir jogos do Campeonato Brasileiro em 2022. O contrato iria até 2024, mas uma cláusula negociada em 2020 permitia que o acordo fosse rescindido ao fim desta temporada. Com isso, clubes como Palmeiras e Santos ficam sem contrato na TV paga e podem usar a nova Lei do Mandante para negociar seus jogos.

Na nota, a empresa afirmou que o modelo de venda do Brasileirão deixou de ser interessante porque não permite jogos exclusivos. A venda pulverizada para outras mídias, como empresas do Grupo Globo, limita o desempenho financeiro e de audiência do Brasileirão no TNT Sports.

"A decisão, amparada pela cláusula de saída prevista em contrato, foi tomada porque a oferta de transmissão fragmentada do Campeonato Brasileiro de Futebol não permite à companhia proporcionar uma experiência integral aos seus assinantes. Com venda pulverizada para a TV aberta e outras plataformas, além de outros fatores limitantes como falta de jogos exclusivos e os blackouts, o modelo atual não é sustentável para a companhia", afirmou.

A coluna apurou que a negociação pela saída da WarnerMedia já ocorria desde 2020 e era esperada pelos clubes. No ano passado, a empresa quis sair das transmissões nacionais porque entendia que os clubes com quem tinha contrato para o Brasileirão não estavam cumprindo cláusulas contratuais. A relação foi difícil desde 2019.


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