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CAMPEONATO BRASILEIRO

Turner adota bloqueio de praça, e Globo acaba com 'redutores' para clubes

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Felipe Melo e Luiz Felipe Scolari no Palmeiras: Verdão ainda negocia contratos com a Globo - REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Felipe Melo e Luiz Felipe Scolari no Palmeiras: Verdão ainda negocia contratos com a Globo

GABRIEL VAQUER

Publicado em 19/4/2019 - 16h50
Atualizado em 19/4/2019 - 17h50

A Globo acabou com os chamados "redutores", prática que faria com que clubes que assinaram com a Turner para a TV por assinatura ganhassem menos dinheiro em outras mídias com a emissora. O impasse foi resolvido após a programadora abrir mão de exibir jogos na praça em que eles acontecem --ou seja, um jogo realizado em São Paulo não irá mais ser transmitido para a capital paulista nos canais pagos.

A informação foi confirmada pelo Notícias da TV com diversas fontes. Os times deixariam de ganhar cerca de R$ 6 milhões com as multas aplicadas com a Globo. O Palmeiras apontava essa pratica como um dos motivos para não acertar com a Globo para TV aberta e pay-per-view. 

O impasse foi resolvido após os clubes que assinaram com a Turner e com a Globo até aqui (Athletico-PR, Bahia, Fortaleza, Santos, Internacional e Ceará) terem pedido o bloqueio em reuniões com a programadora, que aceitou.

A Turner têm em contrato a permissão para exibir os jogos na mesma cidade em que eles são realizados, uma prática incomum na Globo, que deixa essas partidas para o Premiere. A alegação da Globo é que, com a exibição na Turner, haveria danos nos direitos. Os clubes isso viram como uma retaliação por terem assinado com uma concorrente, mas para evitar problemas, decidiram negociar.

A Globo aplicaria redutores de até 20% em TV aberta, e 5,2% em pay-per-view. O Palmeiras e o Athletico eram os mais revoltados com a situação, tanto que são os únicos que ainda negociam. O Alviverde não tem nenhum tipo de contrato com o canal, enquanto o Furacão já fechou para TV aberta e ainda conversa para um acordo no pay-per-view.

Como a Turner decidiu adotar o bloqueio de praça para agradar seus parceiros, o redutor da Globo deixa de ter efeito prático e os valores serão pagos integralmente. Neste ano, se inicia um novo esquema de distribuição de dinheiro: serão 40% fixos divididos igualitariamente entre os times, 30% pelo término de posição na classificação do Brasileirão, e 30% pelo número de partidas exibidas na TV.

Globo sem Palmeiras

É o segundo ponto que a Globo muda em favor de um acordo com os clubes. Nessa semana, como o Notícias da TV adiantou, a emissora aceitou pagar R$ 100 milhões em luvas para o Palmeiras, mesmo valor dado pela Turner na assinatura do contrato.

Para o Verdão, ainda faltam acertar alguns pontos. O primeiro é uma garantia mínima de jogos na TV aberta. O segundo é uma porcentagem fixa pelos direitos de pay-per-view. Corinthians e Flamengo têm garantidos 18,5% do que for arrecadado com assinaturas, enquanto o Palmeiras quer algo entre 15% e 16%.

O Brasileirão 2019 começa no próximo dia 27. Será a primeira vez em mais de 20 anos que a Globo não terá os direitos primários de transmissão sozinha --até 2015, ela repassava jogos para parceiros, como a Band.

Neste ano, 13 clubes que fecharam com a Globo, e outros sete que estão com a Turner, irão jogar o Campeonato Brasileiro. A Turner exibirá as suas partidas na TNT e no Space, assim como faz com a Champions League.

Procurada para comentar o assunto, a Turner não enviou uma posição até a conclusão deste texto. Já a Globo não respondeu os contatos da reportagem.

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