COLUNA DE MÍDIA
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A chef de cozinha Cândida Batista une sensualidade e culinária nos conteúdos que publica no OnlyFans
A pandemia impulsionou diversas marcas digitais, mas poucas foram tão beneficiadas quanto o OnlyFans durante o período de confinamento. Os usuários da plataforma social de conteúdo adulto gastaram R$ 12,72 bilhões em 2020, um crescimento de 553% em relação à receita ao ano anterior. O lucro da empresa saltou de R$ 42 milhões para R$ 371 milhões em 2020.
Já o número de usuários cresceu de 20 milhões antes da pandemia para mais de 120 milhões em 12 meses (600% de crescimento).
O site permite que os criadores vendam vídeos, fotos e mensagens diretamente aos assinantes em uma base pay-per-view, assinatura mensal ou doações, com o OnlyFans recebendo 20% dos pagamentos. Os clientes pagam entre R$ 10 e R$ 250 por mês.
Inicialmente, a plataforma se tornou notória por homens e mulheres que compartilhavam entretenimento adulto. Não por acaso, os primeiros criadores de conteúdo a abraçarem a plataforma foram atrizes e atores pornôs.
Mas à medida que profissionais do sexo foram impedidos de encontrar clientes na quarentena, profissionais e clientes passaram a se inscrever na plataforma para compartilhar conteúdo impróprio para menores. Além disso, muitas pessoas viram no OnlyFans uma oportunidade de complementar a renda após perderem seus empregos por causa da pandemia de Covid-19.
Uma das críticas à plataforma é o crescente número de estudantes que, sem poder trabalhar em empregos temporários na indústria de alimentação e entretenimento, têm aderido ao serviço.
O fato é que, sem ter de dividir o dinheiro com produtoras, distribuidoras e sites de conteúdo pornô, os profissionais do sexo viram seus ganhos dispararem na plataforma.
Atualmente, mais de 300 criadores de conteúdo já faturam mais de R$ 7 milhões no OnlyFans, afirmou a empresa em uma reportagem do Financial Times. Como o custo de produção no OnlyFans é baixo, a plataforma potencialmente ajudou a criar mais de 300 novos milionários.
O OnlyFans revolucionou a indústria pornográfica convencional. Na indústria, os produtores geralmente pagam aos artistas uma taxa fixa por conteúdo. Então, quando um vídeo se tornava um blockbuster, o artista não participava do sucesso. O OnlyFans permite que os criadores monetizem seus conteúdos em função do sucesso que ele faz, mas também aproveitando os seguidores nas redes sociais. Quanto mais gente vê, mais o criador ganha.
Isso é revolucionário à medida que entrega aos criadores de conteúdo a maior parte do dinheiro, mas também permite total controle sobre o conteúdo.
E à medida que as notícias de pessoas ganhando milhares de reais na plataforma começaram a se multiplicar na mídia em 2020, mais pessoas começaram a aderir, criando um círculo virtuoso com cada vez mais conteúdo de qualidade e cada vez mais usuários.
Agora, o OnlyFans quer expandir a plataforma para além dos profissionais do sexo e tem se esforçado para atrair nomes de influenciadores e artistas da cena pop. A rapper Cardi B, o jogador de rugby Chris Robshaw e a estilista Rebecca Minkoff estão entre as celebridades que já aderiram.
E os donos já avisaram que a América Latina está entre as prioridades do OnlyFans. A região é vista como chave para o crescimento da plataforma.
Este texto é argumentativo e não expressa necessariamente a opinião do Notícias da TV.
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