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Nos Estados Unidos, TV aberta já é menos vista por jovens do que YouTube

Divulgação/CBS

Jim Parsons e Mayim Bialik na 11ª temporada de Big Bang Theory, líder de audiência na TV aberta dos EUA - Divulgação/CBS

Jim Parsons e Mayim Bialik na 11ª temporada de Big Bang Theory, líder de audiência na TV aberta dos EUA

REDAÇÃO

Publicado em 3/7/2018 - 13h12

Plataforma na qual os jovens são público-alvo e produtores de conteúdo, o YouTube já é mais visto nos Estados Unidos do que a TV aberta. Ao sentar em frente a um aparelho de TV, 17% dos norte-americanos entre 18 e 34 anos optam por assistir algo no YouTube, enquanto apenas 7,5% escolhem alguma das cinco principais redes (ABC, CBS, Fox, NBC, The CW) do país.

A pesquisa foi realizada em maio pela divisão de mídia do grupo financeiro Cowen & Co. e publicada pelo site da revista Variety nesta terça (3). Foram ouvidos 2.500 adultos que responderam espontaneamente à pergunta: Qual plataforma você usa com mais frequência para ver conteúdo de vídeo na TV?

Entre os jovens, o YouTube só fica atrás da Netflix, líder disparada com 40% da preferência. Na sequência, vêm os canais pagos básicos, com 13%, a plataforma Hulu (responsável por The Handmaid's Tale, atual vencedora do Emmy), com 7,6%. Só depois, na quinta posição, aparece a TV aberta.

A TV paga tem perdido espaço porque tem aumentado o número de pessoas que "cortam o cabo", ou seja, deixam de ser assinantes de um pacote de canais que é muito caro e traz poucos benefícios. Um levantamento feito pela empresa de auditoria Deloitte mostrou que 56% dos americanos só continuam clientes de operadoras para terem acesso a um serviço de streaming que não trava.

A pesquisa do Cowen & Co. mostra ainda que quem opta pelo combo de uma TV por assinatura ainda prefere ver televisão de modo tradicional. O americano assinante de serviços de TV paga assiste mais aos canais de seu pacote (26%). Porém, a Netflix vem logo em seguida (24%), com as redes abertas em terceiro (19%).

Levando em conta o público geral, sem divisões por faixas etárias, a TV aberta também vai mal. Ela foi citada como escolha número um por 18% dos americanos, atrás da Netflix (27%) e dos canais básicos da TV paga (20%). Nesse caso, a TV aberta fica à frente do YouTube, preferência de 11% dos entrevistados.

Conteúdo e mais conteúdo
Para agradar a tantas pessoas que vão para a Netflix em busca de entretenimento, a gigante do streaming tem investido pesado na produção de conteúdo. De acordo com a própria empresa, ela deve gastar US$ 8 bilhões (R$ 31 bilhões) neste ano na produção de novas atrações, de séries a documentários.

Segundo a Cowen & Co., a Netflix lançou 452 horas de conteúdo somente no segundo bimestre de 2018, o dobro em comparação com o mesmo período do ano passado. São tantas opções que nem mesmo o chefe de conteúdo da empresa tem noção do que entra na plataforma.

Em contraponto, a quantidade de séries na TV aberta deve cair logo mais. Ainda neste mês, a Disney deve confirmar de vez a compra de grande parte do grupo 21st Century Fox, incluindo séries e o estúdio de televisão. Isso fará com que a Fox, braço da empresa de Rupert Murdoch na TV aberta, seja repaginada e passe a dedicar o horário nobre de sua programação a esportes, realities e game shows.

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