MUDANÇAS
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Joey King em cena de A Barraca do Beijo 3, um dos grandes lançamentos da Netflix no segundo semestre
A Netflix vai reajustar os valores de suas assinaturas mensais a partir desta quinta-feira (22). O serviço de streaming confirmou o aumento em todos os seus planos tradicionais (básico, padrão e premium) ao Notícias da TV. A última mudança havia ocorrido em 2019.
Em nota oficial enviada à reportagem, a plataforma justificou o aumento sob o argumento de que vai melhorar a experiência dos seus assinantes. No segundo semestre deste ano, a Netflix tem como previstos os lançamentos de diversos títulos aguardados por sua audiência, como a última leva de episódios de La Casa de Papel, A Barraca do Beijo 3 e a segunda temporada de The Witcher.
Confira como ficam os novos preços com os reajustes:
A plataforma informou que os valores atualizados vão atingir antigos e novos assinantes. Aos que já são consumidores do serviço, a empresa disse que irá noticiá-los sobre o aumento nos próximos 30 dias. A data exata da comunicação dependerá do ciclo de faturamento de cada assinante.
Acreditamos que as pessoas tenham mais escolhas do que nunca e estamos comprometidos com a entrega de uma experiência ainda melhor para nossos assinantes. A partir de 22 de julho, reajustaremos nossos preços, que permaneceram os mesmos desde 2019. Com isso, continuaremos oferecendo os melhores conteúdos, entre filmes e séries, além de uma vasta variedade de gêneros.
Para Guilherme Zanin, economista estrategista da Avenue Securities, o aumento da mensalidade por parte da Netflix foi inesperado, principalmente por vir em um momento momento em que a pandemia de Covid-19 continua em alta no Brasil.
Segundo Zanin, o maior problema enfrentado pelo serviço atualmente é a queda no número de assinantes nos Estados Unidos, apesar do forte crescimento na América Latina e Ásia. Só neste segundo trimestre de 2021, a Netflix perdeu 430 mil clientes norte-americanos entre abril e junho.
"O grande problema é que o valor médio por pessoa é muito menor nos continentes asiático e latino-americano. Para o brasileiro, chileno ou indiano, esses custos são mais elevados em comparação ao americano tradicional em sua renda. Lá, eles enfrentam uma competição maior, seja nas bandeiras locais ou pela ascensão de serviços como Disney+ e HBO Max", explicou o profissional.
Zanin afirmou que o mercado financeiro vê como inesperado o movimento da Netflix e que o aumento poderia ser postergado para o fim deste ano ou início de 2022. A estratégia pode ser um tiro no pé se considerada a concorrência em outros lugares.
"[Nos EUA] o valor médio é de US$ 14 [R$ 72,80] por pessoa, enquanto na Ásia e na América Latina é de menos de US$ 10 [R$ 52]. Eles estão tentando equalizar, mas isso com certeza vai atrapalhar a competição. As outras plataformas vêm com custos mais baixos, e o brasileiro não consegue absorvê-las como o americano comum. Para eles [nos Estados Unidos], é menos custoso assinar todas juntas", completou.
Atualmente, a Netflix conta com 209 milhões de assinantes em todo mundo. Neste trimestre, o aumento foi de 1,5 milhão de clientes, 500 mil a mais do que o esperado pela empresa. O resultado foi impulsionado pelo crescimento na Ásia e região do Pacífico, onde a base aumentou em 1,02 milhão, e pela América Latina, que teve 760 mil clientes a mais.
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