FREIO NO MERCADO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO/SBT/RECORD
Fausto Silva, Eliana e Rodrigo Faro estão entre os maiores faturamentos de Globo, SBT e Record
Publicado em 17/3/2021 - 13h14
Atualizado em 17/3/2021 - 13h49
O mercado publicitário investiu R$ 14,2 bilhões em compra de mídia em 2020, ano marcado pela pandemia. O valor representa uma queda de 19,9% na comparação com 2019, quando as agências gastaram R$ 17,4 bilhões com propagandas em diferentes meios. Os dados são da pesquisa Cenp-Meios, feita pelo Conselho Executivo das Normas-Padrão. Somente a TV aberta perdeu R$ 1,9 bilhão de um ano para o outro.
O levantamento, que foi divulgado na terça-feira (16), considera informações das 217 maiores agências de publicidade do Brasil --nos dados de 2019, foram analisadas 226 empresas do setor.
Considerando o aporte nas emissoras de TV aberta, os investimentos caíram de R$ 9,26 bilhões em 2019 para R$ 7,37 bilhões em 2020; os canais de TV por assinatura também tiveram uma receita menor: a queda foi de R$ 1,21 bilhão para R$ 844,1 milhões.
O único meio que teve um ganho em compra de mídia foi a internet, que recebeu R$ 3,78 bilhões no ano marcado pela pandemia --em 2019, o mercado publicitário havia investido R$ 3,72 billhões no setor. Com essa estabilidade, a web registrou uma participação de 26,7% do bolo publicitário em 2020; no ano anterior, a fatia tinha sido de 21,2%.
A TV aberta, apesar de ser o meio que mais fatura com as receitas publicitárias pelo alcance que tem, vem perdendo participação para o digital nos últimos anos. Emissoras como Globo, SBT, Record e Band contavam com 58,5% dos investimentos em propaganda em 2014, segundo o projeto Inter-Meios, já extinto. Em 2020, de acordo com o Cenp, foi de 51,9%.
O Cenp-Meios não representa a totalidade do bolo de publicidade no Brasil, pois o estudo considera a movimentação financeira estabelecida entre as 217 agências (em 2020) certificadas pelo Cenp e os veículos.
O levantamento é um indicador de investimento em compra de mídia no Brasil, feito para analisar os valores e como esse dinheiro das agências ficou dividido entre os meios de comunicação. Não são obtidos pelo sistema quaisquer dados negociados de forma individual por empresas anunciantes.
Veja abaixo uma tabela com os dados com investimento de mídia em 2020, de acordo com o Cenp-Meios:
Meio | Valor faturado | Participação |
Televisão aberta | R$ 7,376 bilhões | 51,9% |
Internet | R$ 3,788 bilhões | 26,7% |
OOH (Mídia exterior) | R$ 1,224 bilhão | 8,6% |
Televisão por assinatura | R$ 844,1 milhões | 5,9% |
Rádio | R$ 603,8 milhões | 4,2% |
Jornal | R$ 277,9 milhões | 2% |
Revista | R$ 83,9 milhões | 0,6% |
Cinema | R$ 14,8 milhões | 0,1% |
TOTAL: R$ 14,214 bilhões
Como comparação, confira abaixo a tabela com os dados com investimento de mídia em 2019, de acordo com o Cenp-Meios:
Meio | Valor faturado | Participação |
Televisão aberta | R$ 9,268 bilhões | 52,8% |
Internet | R$ 3,726 bilhões | 21,2% |
OOH (Mídia exterior) | R$ 1,841 bilhão | 10,5% |
Televisão por assinatura | R$ 1,216 bilhão | 6,9% |
Rádio | R$ 776,9 milhões | 4,4% |
Jornal | R$ 473,1 milhões | 2,7% |
Revista | R$ 169,3 milhões | 1% |
Cinema | R$ 70,1 milhões | 0,4% |
TOTAL: R$ 17,542 bilhões
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.