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Globo abandona padrões em 2021 e muda radicalmente com medo do futuro

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Fausto Silva com uma jaqueta preta, no comando de seu antigo programa dominical na Globo

Fausto Silva: apresentador deixou Globo após 30 anos nos domingos da emissora

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 31/12/2021 - 7h00

O ano que passou foi de muitas mudanças na Globo. O maior grupo de comunicação do Brasil cortou profissionais mais experientes, deixou de produzir programas e não renovou contratos. Tudo isso para economizar e investir em outras frentes, principalmente no Globoplay. O objetivo é continuar relevante e importante na era dos grandes streamings. O faturamento previsto mostra que os cortes deram certo. 

A economia é visível nos balanços divulgados pela Globo ao longo do ano e trazidos pelo Notícias da TV pelo colunista Guilherme Ravache. Somente em salários, a rede líder deixou de gastar mais de R$ 200 milhões. Foram vendidos ainda ativos que não eram tão usados, como antenas transmissoras e seu parque tecnológico. A gravadora Som Livre também foi negociada, e até a sede da emissora em São Paulo foi repassada para outra empresa. 

Outro ponto importante foi a não renovação e a expansão do modelo de contrato por obra na dramaturgia. Entre os atores e atrizes que deixaram a emissora, estão nomes como Grazi Massafera, Reynaldo Gianecchini, Letícia Spiller e Elizabeth Savala.

Já outros se deixaram seduzir por gigantes nacionais e saíram amigavelmente, como Ingrid Guimarães, Camila Pitanga e Lázaro Ramos. E teve quem saiu brigado mesmo, casos de Fausto Silva e Camila Queiroz.

Nos direitos de transmissão, a Globo abriu mão da Fórmula 1, que foi para a Band, e dos principais campeonatos estaduais do futebol nacional --o Paulista e o Carioca, ambos adquiridos pela Record. A emissora também optou por não entrar em licitações de torneios europeus. Com isso, a Uefa Champions League foi comprada pelo SBT.

Faturamento da Globo cresce 19% em 2021

Com tantos cortes, mas com crescimento de captação de receita, a Globo prevê fechar 2021 no azul. O faturamento total crescerá de 17% a 19%. Na publicidade, que tradicionalmente responde por 60% dos negócios, o aumento será de 24%. Já a receita de conteúdo, responsável pelos 40% restantes, crescerá 8%. Ao todo, a expectativa é de um faturamento de R$ 13,5 bilhões.

Em 2021, a empresa focou seus investimentos na plataforma da web. A estreia de Verdades Secretas 2 deu um recorde de audiência para o Globoplay. Um acordo milionário com a Televisa também foi feito, e novelas mexicanas começaram a ser disponibilizadas no serviço.

O investimento seguirá no streaming, mas a empresa também prevê novos programas e formatos em outras mídias. A Globo diz estar otimista, mas a preocupação é se manter como uma empresa relevante em meio a tantas opções. Disputar audiência não é fácil. Mas a Globo se diz pronta e vai fazer de tudo. O medo do futuro é a solução para ele, segundo executivos.


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