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FENÔMENO NA TV

Empresas de luta livre desafiam pandemia para manter negócio bilionário

DIVULGAÇÃO/WWE

Kushida luta contra Johnny Gargano no NXT, programa da WWE

Kushida (à esq.) enfrenta Johnny Gargano no NXT, um dos três programas da gigante WWE

VICTOR CIERRO

victor@noticiasdatv.com

Publicado em 10/2/2021 - 6h50

Enquanto negócios no mundo inteiro sofrem por conta da Covid-19, um setor tem desafiado os problemas financeiros causados pela pandemia: o telecatch, programas de luta livre com golpes e movimentações coreografadas. As empresas desse mercado mostraram em 2020 que não dependem exclusivamente do público pagante em seus eventos para preservarem seus lucros --muitas vezes bilionários.

Líder no setor, a WWE (World Wrestling Entertainment) realizou 310 eventos ao vivo em 2019, contra apenas 42 no ano passado. Mesmo com essa diferença, a empresa de Vince McMahon conseguiu aumentar seus rendimentos em relação ao ano passado. A receita final foi de US$ 974 milhões (R$ 5,2 bilhões), 1% a mais do que a registrada em 2019.

Os programas que são transmitidos ao vivo no Fox Sports 2, toda segunda e sexta-feira às 22h (horário de Brasília), têm acontecido semanalmente mesmo durante a pandemia. Em vez de fazerem eventos pelo país inteiro, como antes do coronavírus, o Raw e o Smackdown estão sendo realizados no Tropicana Field em Tampa Bay, na Flórida, com uma plateia virtual.

Já o NXT, terceiro programa da WWE, focado em jovens astros, acontece às quartas-feiras, mas sofre com a concorrência direta da AEW (All Elite Wrestling). No mesmo dia e horário, vai ao ar o programa semanal AEW Dynamite, que tem vencido o rival na audiência dos EUA. No Brasil, o Dynamite é exibido todo sábado, às 23h, no canal Space.

A companhia fundada pelos lutadores Cody Rhodes, Kenny Omega, Matt Jackson e Nick Jackson e pelo dono do Jacksonville Jaguars, Tony Khan, continua a expandir. Desde dezembro de 2020, a empresa mantém parceria com outra organização de pro wrestling (como a luta livre é chamada em inglês), a Impact Wrestling. Com isso, atletas de ambas as companhias podem aparecer nos dois programas.

E a expansão não parou por aí: na última quarta-feira (3), mais uma aliança foi concretizada quando o lutador Kenta, da companhia NJPW (New Japan Pro Wrestling) apareceu na AEW e atacou Jon Moxley, ex-campeão da companhia.

Em busca do público norte-americano, a japonesa NJPW, além de promover a parceria com a AEW, fechou contrato com o streaming Roku Channel. Os seus programas serão transmitidos no aplicativo nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

Para não ser passada para atrás, a WWE fechou um acordo com a plataforma de streaming Peacock, da NBCUniversal. Especula-se que o contrato, válido durante cinco anos, tenha valor superior a US$ 1 bilhão (R$ 5,43 bilhões).

Mas isso ainda não afeta os fãs brasileiros. As transmissões do Raw e Smackdown continuam no Fox Sports. E os pay-per-views podem ser assistidos com uma assinatura da WWE Network --que, além desses eventos, dá acesso a conteúdos exclusivos da empresa. O preço é de US$ 9,99 (R$ 54,30) por mês.

Brasileiros no ringue

A AEW conta com os brasileiros Cezar Bononi e Tay Conti, que tinham sido demitidos pela WWE em abril, quando a empresa dispensou mais de 30 funcionários para conter os custos em meio à pandemia. Outra lutadora tupiniquim, Christi Jaynes, também faz aparições esporádicas no ringue da companhia.

Já a WWE é a casa dos brasileiros Adrian Jaoude, que na luta assume o codinome Arturo Ruas, e Rita Reis. Contundido em novembro do ano passado, o primeiro passou por cirurgia e está fora dos ringues desde então.


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