'ANO DIFÍCIL'
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Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Sergio Moro (Podemos); eleição impacta planos das empresas
Recheada de incertezas, a disputa de 2022 pela Presidência da República é uma das ameaças aos planos das empresas de mídia e tecnologia no Brasil. Por causa dos reflexos ainda imprevisíveis do pleito, o setor espera momentos de instabilidade macroeconômica nos próximos meses. No entanto, os líderes deste ramo empresarial encontram-se otimistas com o futuro econômico.
"De maneira geral, a expectativa é que a gente tenha um ano difícil aqui no Brasil. Não sabemos como as coisas vão caminhar, então você pode ter fatores positivos para um lado e para o outro, mas também existem fatores de geração de incerteza grandes", ressalta Ricardo Queiroz, sócio da PwC Brasil, ao Notícias da TV.
A análise de Queiroz está baseada nos dados da 25ª Pesquisa Anual Global com CEOs da PwC. O levantamento realizado pela empresa de consultoria e auditoria conta com a participação de mais de 4,4 mil executivos de 89 países. Nesta edição, 4% destes gestores são brasileiros, número recorde do estudo. Entre os entrevistados locais do setor de mídia e tecnologia, 60% afirmam que estão muito ou extremamente preocupados com a instabilidade macroeconômica --resposta que engloba o pleito eleitoral.
Em seguida, as principais ameaças identificadas pelos líderes desta fatia do mercado são os riscos cibernéticos (50%), a desigualdade social (37%), riscos à saúde (30%), mudanças climáticas (27%) e conflitos geopolíticos (20%).
Para a reportagem, Queiroz destaca que, além das eleições, os ajustes da economia global (a alta de juros nos Estados Unidos, por exemplo) também afetam o território nacional: "É justo que a gente entenda que o momento de turbulência de 2022, em função da eleição, vai trazer impactos e instabilidade macroeconômica".
Também é justo dizer que a economia global está se ajustando de determinada maneira que pode gerar impacto em economias locais. Acho que o Brasil é uma delas. Passado esse momento das economias globais e da eleição, devemos ter um cenário mais claro. Seja lá qual for o cenário, ele será previsível. O ponto é que, agora, ele é imprevisível.
Porém, os executivos brasileiros de mídia, tecnologia e telecomunicações estão mais otimistas em relação ao crescimento econômico global do que todos os profissionais dos outros setores. 83% destes líderes acreditam na aceleração da economia em 2022, enquanto as médias dos CEOs brasileiros e dos diretores globais são de 77%, em ambos os casos.
"Na verdade, o desenvolvimento da tecnologia é que tem viabilizado a retomada de diversos negócios. O setor de e-commerce cresceu absurdamente durante a pandemia, as plataformas de streaming, a indústria de mídia. O comportamento do consumidor tem mudado", pondera Queiroz.
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