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ANDANDO DE RÉ

Jogo morno e participantes em cima do muro: Por que BBB 22 está tão parado?

REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY

Na área externa do BBB 22, participantes fazem roda de cantoria gospel

Roda de louvor no BBB 22: Reality está monótono, e o motivo pode ser a edição anterior

LUIZA LEÃO

luiza@noticiasdatv.com

Publicado em 2/2/2022 - 6h40

O BBB 22 começou com alta expectativa do público para gritarias, frases de efeito e conflitos entre os participantes, mas até agora o elenco só decepcionou. No lugar de articulações e barracos, os participantes estão entregando um jogo morno, regado a cantorias e discursos pacificadores. E a resposta para o entretenimento ficar aquém do esperado está na edição passada.

A análise é do psiquiatra Jairo Bouer em conversa com o Notícias da TV. "Quem assiste ao Big Brother quer ver o circo pegar fogo, mas eu tenho a sensação de que as pessoas entraram um pouco assustadas com o que viram nas duas últimas edições, que foram muito fortes, né? Tinha muita dinâmica, muita coisa acontecendo desde cedo. E muita, muita gente cancelada. Isso causa medo. É muito mais do que R$ 1,5 milhão. É o futuro deles", avalia o especialista.

O médico observa que esse temor de se queimar com o público é prejudicial para o desenvolvimento do programa, já que são os conflitos que ditam o ritmo do reality. Mas essa armadura antitreta não dura muito tempo e está nítido que, apesar da tentativa de fazer o Big Brother deste ano ser paz e amor, o elenco já está dando as caras.

"Com um pouquinho mais de experiência, eles começam a perceber que não adianta essa postura 'paz e amor', 'vamos orar que tudo vai dar certo'. O indivíduo não quer se queimar, quer se tornar popular, mas ao mesmo tempo tem que pensar em uma estratégia de vencedor para ficar o mais tempo possível. Isso em algum momento gera estresse, gera tensão, e isso também faz com que a gente seja mais a gente. É aqui que o jogo vira", argumenta o médico.

O especialista em comportamento explica que nós todos somos personagens e que adotamos comportamentos e posturas que são variáveis, a depender do ambiente. Ou seja, a pessoa no trabalho é diferente da que está com os amigos e mais ainda da sua versão dentro de casa. Isso também acontece nas redes sociais, porque queremos mostrar a nossa versão mais bem acabada, mais bem cuidada.

"Quando você está em um reality, isso ganha uma amplificação ainda maior. Você está sendo observado o tempo inteiro por outras pessoas que estão lá dentro, e as câmeras te mostram para o Brasil inteiro. Você está muito mais exposto. Então é natural que esse personagem cole na gente de uma maneira mais forte, por mais tempo. Mas a gente vai cansando do personagem e mostrando quem a gente é", explica Bouer.

Cancelamento 

O temor do cancelamento e da repercussão negativa no programa é unânime entre os participantes, mas o peso é ainda maior para o grupo Camarote. "Eles estão muitas vezes investindo nessa questão profissional pós-reality. E para o pessoal do Camarote, que já tem um nome, essa questão pesa muito. Ainda que para os Pipocas também", observa Jairo Bouer.

Ainda que Gilberto Nogueira e Juliette Freire tenham conquistado riqueza e fama com o programa, o participante Projota, que já era famoso, provou o lado mais amargo após o confinamento. O cantor, eliminado com 91,89% dos votos, sofreu forte rejeição do público, e a vida social só piorou após sua saída: perdas pessoais, cancelamento, depressão, e declínio do prestígio que havia construído como rapper.

"Já perdi muito jogo na vida, mas ali veio tudo de uma vez. Perdi a avó por quem fui criado, um cachorro e um gato. Perdi amizades, fãs, contratos e prestígio, perdi boa parte do alicerce que levei 20 anos para construir. Você se sente injustiçado, é como se tivesse passado um furacão", lamentou ele em entrevista ao jornal Extra.


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