Cauã Reymond vira mina de ouro do metaverso e vende R$ 77,5 mil em roupa

Cauã Reymond deu um chute no fracasso de audiência de Um Lugar ao Sol (2021) e transformou-se em uma mina de ouro no metaverso. Em menos de uma semana, o galã vendeu R$ 77,5 mil em roupas físicas e itens que podem ser usados no ambiente digital, visto como o futuro da internet.

"Vivemos uma fase muito positiva na marca, resultado de um conjunto de iniciativas e ações que também abrangem a participação do Cauã [Reymond]. Ele é uma presença importante para nós, e é um prazer contar com sua participação na definição de novas ações e criações", explicou Richard Stad, CEO da Aramis, em entrevista ao Notícias da TV.

Desde outubro de 2021, Reymond atua como trendhunter da empresa de moda masculina. O artista contribui com o desenvolvimento de novos produtos e das estratégias de comunicação da marca.

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Neste mês, a Aramis lançou sua nova coleção de inverno e apostou em uma integração entre um produto físico (a jaqueta MetaHeat, que possui um sistema de aquecimento e controle de temperatura regulado através de um powerbank) e uma NFT (token não-fungível, em tradução livre) da peça de roupa, que proporciona o acesso a um clube exclusivo da companhia --a jaqueta também poderá ser usada no metaverso.

O lançamento foi inicialmente limitado a 25 unidades, vendidas por R$ 2,5 mil cada kit (composto pela jaqueta física, NFT, cashback em dobro, frete grátis por um ano, acesso antecipado aos lançamentos da marca e a um evento imersivo da companhia). Em pouco mais de 72 horas, o estoque foi esgotado.

"Após o primeiro sold out [esgotamento do estoque], lançamos um segundo lote com mais cinco unidades ao valor de R$ 3 mil. O valor maior estava atrelado a uma experiência extra que seria destravada: uma mentoria de uma hora comigo, o CEO da marca. E novamente tivemos sucesso absoluto. As cinco novas unidades esgotaram em quatro horas", comemorou Stad.

Depois de estudarmos bastante o assunto, entendemos que os NFTs serviriam como uma chave de acesso a experiências exclusivas --inclusive experiências físicas. Foi assim que criamos o Clube Aramis Red. Um clube de benefícios que são desbloqueados pela compra do ativo digital.

"Os REDs [como são chamados os participantes do clube] têm acessos a experiências exclusivas com a marca, como um evento com nosso trendhunther Cauã Reymond, antecipação de coleções e também benefícios tangíveis como cashback em dobro, frete grátis e, é claro, a jaqueta física, que para quem não adquiriu na pré-venda, só chega nas lojas em maio [pelo preço de R$ 2,1 mil]", complementou o executivo.

Stad também detalhou a contribuição de Reymond para a coleção: "Desde que apresentamos o projeto da campanha, ele nos trouxe apontamentos muito conectados com tendências e movimentos de lifestyle, assim como em tudo que criamos juntos. Cauã traz uma visão para a marca de redescobertas e criação de novos olhares na moda e no comportamento do homem".

Nova realidade

Metaverso, NFTs e lançamentos como o da Aramis podem até parecer coisa de outro mundo para alguns. No entanto, essas iniciativas vêm ganhando cada vez mais espaço.

O metaverso é visto como o próximo estágio da internet e representa um universo virtual compartilhado no qual os internautas poderão vivenciar uma espécie de realidade paralela.

As NFTs são tokens não-fungíveis utilizados como o registro de propriedade de bens únicos. A expectativa é de que esses itens sejam uma das principais formas de negociação no metaverso, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.

No universo da moda, empresas como Nike, Ralph Lauren e Renner já realizaram investimentos no metaverso. Em outubro de 2021, o SBT arrecadou R$ 16 mil com fotos de Silvio Santos disponibilizadas em um leilão de criptomoedas. A CNN Brasil também investe em realidade virtual e já anunciou o desenvolvimento de atrações para os usuários do metaverso.