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DINHEIRO NO BOLSO

Cade aprova venda da Som Livre para a Sony Music e faz Globo faturar R$ 1,4 bilhão

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Wesley Safadão com uma jaqueta preta e uma blusa cinza, fazendo um sinal de oração

Wesley Safadão é um dos contratados da Som Livre: gravadora da Globo agora é oficialmente da Sony Music

GABRIEL VAQUER e LI LACERDA

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 11/11/2021 - 16h39

O Cade aprovou na semana passada, sem qualquer restrição ou apontamento contrário, a venda da gravadora Som Livre para a Sony Music.Com isso, finalmente, a Globo poderá receber integralmente a quantia negociada na operação, de US$ 255 milhões --R$ 1,43 bilhão na cotação atual. 

O Notícias da TV teve acesso ao relatório de aprovação do negócio. Na visão do Conselho, mesmo que a Sony aumente sua participação no mercado fonográfico em mais de 10% com a compra, a gravadora americana ainda não terá um grande poderio financeiro a ponto de causar um monopólio na distribuição de música no Brasil.

Já a Globo alegou que está se desfazendo da gravadora por causa da sua mudança de política interna de investimentos. O objetivo da empresa, como já foi dito por seus executivos amplamente, é se tornar uma produtora de conteúdo direto ao consumidor e concorrer com gigantes como Netflix e Disney, por exemplo.

O negócio foi anunciado oficialmente em abril, mas precisava ser aprovado pelo Cade oficialmente. O Conselho alegou que não existe risco concorrencial para o mercado fonográfico com a união entre Som Livre e Sony Music.

"De fato, a partir das informações apresentadas pelas requerentes, obtidas pelo teste de mercado e fornecidas pelo terceiro interessado, observa-se que a operação elevará a participação de mercado do Grupo Sony. Contudo, a análise da probabilidade de exercício de poder de mercado revelou que as condições de rivalidade e de entrada atuais decorrentes da evolução do mercado mitigariam tal risco concorrencial", disse o Conselho no documento de aprovação. "Por todo o exposto, conclui-se pela aprovação sem restrições do presente ato de concentração", concluiu o Cade.

A previsão é que a Sony Music assuma a Som Livre totalmente no início de 2022. Mesmo com a compra, a marca Som Livre ainda existirá durante mais alguns anos --mas perderá a alta exposição da Globo.

Som Livre é da Sony

O preço da compra foi informado pela Sony Music no início do ano para a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos), agência federal que atua na regulamentação e controle dos mercados financeiros.

A Som Livre foi criada em 1969 para a elaboração de trilhas sonoras das produções da Globo e revelou nomes como Djavan, Rita Lee e Novos Baianos. Atualmente, é a terceira maior gravadora no mercado brasileiro, atrás das multinacionais Sony e Universal, mas à frente da Warner.

A nova dona da gravadora não vai acabar com a marca e manterá Marcelo Soares como CEO. "A Som Livre se tornará um centro criativo independente dentro da Sony Music que continuará a contratar, desenvolver e promover seu próprio elenco de talentos, e fornecer uma ampla gama de serviços à comunidade musical brasileira", explicou a empresa, em comunicado divulgado em abril. 

Atualmente, a Som Livre tem contratos com artistas consagrados, como Jorge & Mateus, Michel Teló, Wesley Safadão, Lexa, e estrelas em ascensão, como Israel & Rodolffo, Dudu MC, Filipe Ret e Grupo Menos É Mais.


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