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DADOS ONLINE

Após explosão de consumo de vídeo, Ibope muda medição de audiência no Brasil

DIVULGAÇÃO

Imagem de arquivo, com controle remoto apontado para televisão ligada na Netflix ao fundo

Além dos dados de audiência do consumo na televisão, Ibope também terá detalhamento do online

VINÍCIUS ANDRADE

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 4/3/2021 - 13h00

Com a explosão do consumo de streaming e vídeos online, a Kantar Ibope começou uma mudança na medição de audiência do Brasil. A partir deste ano, a empresa que indica os dados de consumo da TV aberta e paga também terá os números de ibope de serviços como Netflix, Globoplay e Amazon Prime Video. A novidade foi anunciada em evento ao mercado publicitário nesta quinta-feira (4).

Durante o segundo trimestre de 2021, a Kantar Ibope instalará em cerca de 3 mil domicílios brasileiros com banda larga um aparelho chamado focal meter, que vai determinar quem vê e o que é visto no online.

A ideia é individualizar os dados, pois será possível identificar o que as pessoas daquela determinada residência estão assistindo não só na televisão, mas também no celular, na conexão com o videogame ou no tablet.

Mesmo se o uso acontecer via dados móveis (4G, por exemplo) será possível fazer a medição, já que a Kantar terá um ID de cada um dos aparelhos daquele determinado domicílio.

O focal meter será instalado nas casas com serviço de banda larga que já fazem parte do Painel Nacional de Televisão pelo peoplemeter, aparelho que mede a audiência da TV nas 15 principais regiões metropolitanas do país.

"No mesmo Painel de Televisão, estamos integrando a medição de crossmedia e vamos conversar com as diferentes partes do mercado para criar métricas", explicou Melissa Vogel, CEO da Kantar Ibope Media no Brasil. Com essa nova ferramenta, será criado o Painel 2.0, ou single source, para apontar o consumo individual.

DIVULGAÇÃO/KANTAR IBOPE MEDIA

O novo aparelho focal meter: audiência online

Atualmente, a empresa já consegue determinar se o usuário está conectado na TV aberta, paga ou utilizando a smart TV para outro tipo de entretenimento fora da programação linear, mas ainda não é possível saber qual streaming está sendo consumido, qual o tempo de uso de redes online ou que plataforma é a mais vista em determinada região, por exemplo.

Com essa nova medição, o Ibope espera não perder relevância junto ao mercado publicitário e também com as empresas que produzem conteúdo. Afinal, apesar de a TV aberta continuar sendo a principal forma de entretenimento no país, as diferentes opções de consumo de vídeo só aumentam.

Explosão de consumo em 2020

No mesmo evento online que realizou para o mercado nesta quinta, o Ibope divulgou um estudo com dados de consumo de vídeo. No ano passado, 204 milhões de brasileiros assistiram à televisão, seja de forma tradicional ou digital --cada pessoa passou 7 horas e 9 minutos com a TV ligada por dia, 37 minutos a mais na comparação com 2019.

Além disso, 38 dos 50 dias com as maiores audiências dos últimos 5 anos aconteceram em 2020, com o pico em 24 de março de 2020, cerca de dez dias depois do início da quarentena pelo Brasil. Nessa data, o consumo de TV superou as datas da Copa do Mundo em 2018, a greve dos caminhoneiros e os Jogos Olímpicos em 2016.

Em relação ao online, o brasileiro consome mais vídeos gratuitos, por assinatura e em redes sociais do que a média do mundo. Nos últimos três anos, esse tipo de conteúdo teve um aumento de 84%.

Ainda de acordo com o estudo apresentado pelo Ibope, a média de tempo que o brasileiro passou assistindo streaming pago por dia em 2020 foi de 1 hora e 49 minutos, sendo que o conteúdo preferido de 62% desses usuários foram as séries internacionais.

Para se tornarem mais populares, as plataformas de streaming aumentaram em 82% o investimento em publicidade no ano passado, em comparação a 2019.

Já os dados de consumo de vídeo por aparelho demonstram a importância do Painel 2.0 para medição de audiência do Ibope. Segundo o levantamento, 87% dos brasileiros utilizaram aparelhos móveis para assistirem vídeos online, enquanto 60% fizeram uso em não-móveis (como computador e smart TV).


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