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AUDIÊNCIA NACIONAL

TV tradicional perde força em 2020, mas Globo ainda domina o mercado

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

William Bonner em edição de dezembro de 2020 do Jornal Nacional, da Globo

William Bonner no tradicional Jornal Nacional; dados indicam mudança de comportamento na TV

VINÍCIUS ANDRADE

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 6/1/2021 - 7h10

O número de televisores ligados cresceu um ponto percentual no Brasil em 2020, ano marcado pela pandemia e pela quarentena, na comparação com 2019. Ainda assim, todas as principais emissoras de TV aberta e os canais pagos perderam audiência, uma consequência da explosão do consumo de streaming. Das três principais redes brasileiras, a Globo foi a que sofreu menos com a fuga de público e, com isso, ampliou o seu domínio ante as concorrentes.

De acordo com dados do Kantar Ibope obtidos com exclusividade pelo Notícias da TV, a Globo concentrou 33,3% da audiência na média-dia (das 7h à meia-noite) no PNT (Painel Nacional de Televisão), que considera os dados das 15 principais regiões metropolitanas do país, entre os meses de janeiro e dezembro de 2020.

Ou seja, um em cada três televisores do país ficou sintonizado somente na TV Globo em 2020. A líder teve média de 15,3 pontos no último ano, uma queda de apenas 0,3 na comparação com o mesmo período de 2019. E esse dado não leva em conta a audiência dos Canais Globo (antiga Globosat) ou do Globoplay --o que aumenta o poderio do conglomerado.

Já o SBT foi a empresa que registrou a maior perda, com 19% menos público do que no ano anterior --caiu de 6,4 pontos para apenas 5,1.

Com um horário nobre valorizado nos últimos quatro meses de 2020, quando se deu bem com A Fazenda 12 e os capítulos inéditos de Amor Sem Igual, a Record ampliou a diferença para a emissora de Silvio Santos na disputa pela vice-liderança.

Apesar de ter perdido 11% de sua audiência de um ano para outro, a rede de Edir Macedo ficou com 5,8 pontos na média-dia e viu a diferença para o SBT crescer de 0,2 para 0,7 ponto.

Nem na chamada média 24 horas, que considera os televisores ligados das 6h às 5h59, a emissora de Silvio Santos manteve a segunda colocação. Com uma queda de 1,1 ponto de 2019 para 2020, o SBT fechou com 4,3 de média entre janeiro e dezembro do ano passado.

Já a Record, mesmo sofrendo com fuga de público na madrugada por conta da programação religiosa, assumiu a vice-liderança também nessa medição, com 4,4 de média. Em 2019, a Record havia terminado em terceiro, perdendo de 5,4 a 5,0 para a rival direta.

TV paga x streaming

A TV paga, que registrou uma debandada de clientes para os streamings e outros serviços digitais, também teve seu público reduzido em 2020. A audiência da soma de todos os canais da televisão por assinatura foi de 6,3 pontos de média, com o ibope de 13,7% dos televisores sintonizados no período das 7h à meia-noite --uma queda de 15% na comparação com 2019.

Mas se as principais empresas da TV tradicional perderam audiência, e o total de televisores ligados em 2020 foi maior do que no ano anterior, qual foi o destino desse público? A resposta está nos serviços digitais, principalmente as plataformas de streaming.

O conteúdo de vídeo online (considerando streaming, YouTube e sites) representou 13,1% da audiência dos televisores ligados no Brasil no período referente à média-dia. Se fosse uma emissora de TV, esse mercado concentraria 6,0 pontos no PNT. Ou seja, mais do que Record e SBT em 2020, e bem próximo da TV por assinatura.

O colunista Ricardo Feltrin, do UOL, antecipou que, em maio do ano passado, o consumo de streaming e plataformas digitais em aparelhos de televisão havia superado o ibope da TV paga pela primeira vez na história na média mensal. Os números indicam que é uma questão de tempo para a marca ser quebrada também na audiência anual.


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