Imagem obscena
Reprodução/Touchstone Pictures
A atriz Daryl Hannah em cena do filme Splash: Uma Sereia em Minha Vida; bumbum censurado no Disney+
JOÃO DA PAZ
Publicado em 13/4/2020 - 17h59
Streaming da Disney voltado para a família, o Disney+ encontrou soluções bizarras para não exibir o bumbum da atriz Daryl Hannah no filme Splash - Uma Sereia em Minha Vida (1984). Além de um corte brusco ao mostrá-la de costas, os editores da plataforma esticaram o cabelo da personagem principal do longa no momento em que ela entra no mar nua.
A cena tosca, postada pela internauta americana Alison Pregler, virou assunto no Twitter nesta segunda-feira (13). Madison (Daryl), a sereia da trama, beija na boca o empresário Allan (interpretado por Tom Hanks) e corre pelada em direção ao mar. Na versão original, um pedaço do bumbum dela foi mostrado. Já na disponibilizada pelo Disney+, o cabelo loiro da personagem cresceu um pouco, ultrapassando as nádegas, para tapar a "indecência".
Lançado há 36 anos, Splash chegou aos cinemas com a recomendação PG-Rating, nos Estados Unidos. Isso significava que o longa tinha cenas que poderiam ser inapropriadas a menores de 13 anos. Essa classificação indicativa pedia aos pais que ficassem atentos com o conteúdo e eles próprios decidirem se os filhos poderiam ver a nudez e ouvir alguns impropérios ditos durante o filme.
Justamente por isso, Splash não foi lançado com o selo Walt Disney Studios. E sim pela Touchstone Pictures, marca criada naquele ano para ser uma parte da empresa para produções mais maduras, voltadas ao público adulto.
Splash - Uma Sereia em Minha Vida apresentou Tom Hanks e Daryl Hannah no frescor de suas carreiras sob a direção do também jovem Ron Howard. O filme atualizou a lenda do canto da sereia, transportando o mito da mulher metade humana metade peixe que atrai os homens para o mar, afogando-os em seguida, para a Nova York dos anos 1980.
Foi nesse contexto que a sereia Madison agiu contra a sua natureza, salvou Allan de se afogar e depois tentou conquistá-lo. O filme chegou a ser indicado ao Oscar de melhor roteiro original, em 1984, mas perdeu para Um Lugar no Coração, em cartaz no mesmo ano
Veja abaixo imagem e vídeo censurado de Splash:
Disney+ didn't want butts on their platform so they edited Splash with digital fur technology pic.twitter.com/df8XE0G9om
— Allison Pregler 📼 (@AllisonPregler) April 13, 2020
Splash (1985). Tout le sens de la scène était de montrer que la sirène n’avait aucune notion humaine de la « pudeur ». Il était là, le gag. Aujourd’hui, vous pouvez payer Disney+ pour avoir la garantie d’en voir moins https://t.co/kB0N6cVV8spic.twitter.com/CHq0QRzxZC
— Rafik Djoumi (@RDjoumi) April 13, 2020
No ar desde novembro nos Estados Unidos, o Disney+ tem feito de tudo para manter a identidade de um streaming com conteúdos para toda família. O que essencialmente quer dizer nada de sexo, farra ou coisas relacionadas.
A plataforma se viu no meio de uma polêmica no mês passado por rejeitar a série Love, Victor, uma adaptação do longa Com Amor, Simon (2018). A história acompanha um adolescente gay, em uma jornada de autodescoberta. A previsão é que o Disney+ seja disponibilizado no Brasil só a partir de novembro deste ano.
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