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EMPODERAMENTO

Procura-se: Camila Queiroz vira 'aprendiz de feminismo' em comédia da HBO Max

DIVULGAÇÃO/HBO MAX

Camila Queiroz fazendo o símbolo da paz em cena de Procura-se

Camila Queiroz em cena de Procura-se; o filme é uma adaptação do livro de Carina Rissi

JOSÉ VIEIRA

jose@noticiasdatv.com

Publicado em 25/11/2022 - 6h20

Camila Queiroz é a estrela da comédia romântica Procura-se. O filme, lançado pela HBO Max nesta sexta (25), acompanha a história de Alicia. Após a morte do avô Narciso (Jonas Bloch), a personagem entra em um processo de amadurecimento no qual descobre o poder da liberdade feminina. "Ela aprende a ser feminista, aprende a lutar pela mulher que ela é", pontua a atriz em um evento para a imprensa que contou com a participação do Notícias da TV.

No filme, Alicia é uma jovem rica e que sabe aproveitar as vantagens do dinheiro em viagens e festas luxuosas. A vida da órfã vira de cabeça para baixo depois da morte do avô, dono de um patrimônio incalculável. A protagonista se revolta ao descobrir uma cláusula no testamento: só receberá a herança quando estiver casada há pelo menos um ano e provar que se tornou uma mulher responsável.

Para piorar, a jovem é forçada a trabalhar como secretária em uma das empresas fundadas pelo avô. Sem paciência, a estudante de arte decide forjar um relacionamento para enganar os familiares e recuperar a herança. Assim, ela faz um acordo com Max (Klebber Toledo), um executivo decidido a crescer profissionalmente.

Com a morte dos pais de Alicia, Narciso se tornou um homem excessivamente protetor. O medo de perdê-la fez o empresário criar ambiente sufocante para o crescimento da neta. Assim, ao tentar impor um casamento para a jovem, o personagem acreditou que conseguiria tomar as rédeas da vida da patricinha.

"Eles são tudo o que sobrou da família, o Narciso tinha a Alicia, e a Alicia tinha o Narciso. Ele fez o que pôde, seja certo ou errado, para tentar mantê-la segura", justifica Carina Rissi, autora do livro que inspirou o filme. "Ela tem uma força que ela quase não tem a chance de descobrir por si só, porque o avô estava sempre ali".

Parte do amadurecimento de Alicia se dá pela decepção com o testamento do avô. Ao observar o seu futuro nas rédeas de um homem, a jovem inicia uma busca para provar que é uma mulher independente. "Ela é obrigada a viver o luto e sair da carcaça que ela cria com todo mundo", diz a escritora.

É um processo muito bonito de acompanhar. Uma jovem adulta enfrentando seus primeiros problemas e consequências. Do jeito certo ou do jeito errado, é a maneira dela de lidar com os problemas. É um arco muito bonito e muito real. Todos nós vivemos essa etapa da vida, de deixar de ser alguém que ainda está buscando um lugar no mundo e realmente conquistar o nosso lugar.

"Vemos o desabrochar da borboleta que ela é", complementa Camila. "Ela se sente traída pelo avô. Como que o meu avô, em 2022, ainda acha que eu só vou conseguir provar que tenho maturidade se eu me casar? Que tipo de proteção é essa?".

A atriz define Alicia como uma explosão de juventude e de vida. A partir do momento em que ela perde sua zona de conforto, a neta de Narciso reconhece a importância de definir o próprio destino. Com o apoio de outras mulheres, como o de sua melhor amiga Mari (Noemia Oliveira), a jovem luta para reconquistar sua narrativa.

"Ela se descobre muito como mulher. Ela descobre mais sobre o empoderamento, o feminino, a força da mulher e de suas próprias conquistas", aponta Camila. "Vemos o desabrochar dessa personagem. Vemos ela se conhecendo e conhecendo o mundo. Ela aprende a ser feminista, aprende a lutar pela mulher que ela é".

Patricinha fora do clichê

Camila conta que um dos principais desafios do filme foi fugir dos clichês do gênero. Alicia é uma personagem que já foi vista em outras produções de comédia romântica. Portanto, a atriz mergulhou em referências que pudessem dar uma nova profundidade à personagem, sem que ela perdesse sua essência.

"É uma história que conhecemos, a gente já viu alguma coisa assim em algum lugar. Eu falava muito para o Marcelo [Antunez, diretor do filme]: 'Eu não quero fazer o clichê, quero criar camadas. Não quero deixá-la mimada'", detalha a atriz. "Quis trazer essa dor para ela. Alicia é muito forte, muito cabeça-dura. Ela tem uma casca, mas, ao mesmo tempo, ela sofre muito".

A produção é baseada no livro Procura-se um Marido, escrito por Carina Rissi. Com 474 páginas, a obra foi adaptada em um filme de uma hora e meia. A autora não participou do desenvolvimento do roteiro, feito por Guilherme Ruiz, Carolina Minardi, Alessandra Ruiz e Angélica Lopes.

"Eu tive uma responsabilidade muito grande de abordar essa história de uma forma delicada, de forma que não decepcionasse nem os fãs e nem a Carina", relata Antunez. "Tudo o que eu havia idealizado e imaginado estava ali na tela. Foi uma experiência linda e emocionante", responde Carina, ao comentar sobre como foi assistir ao filme pela primeira vez.

Produzido por Fernanda Mandriola e Nataly Mega, Procura-se é uma parceria entre a Framboesa Filmes e a HBO Max. O filme estreia na plataforma de streaming nesta sexta (25). Assista ao trailer:


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