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CARINA RISSI

Contratada pela HBO Max, autora sofreu com segredo de adaptações: 'Agonia'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM e DIVULGAÇÃO/HBO MAX

Montagem: Carina Rissi segura um papel com HBO Max escrito e o livro Procura-se um Marido; Camila Queiroz é abraçada por Klebber Toledo em set de filme

Carina Rissi é autora de Procura-se um Marido; Camila Queiroz e Klebber Toledo estão em filme

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 23/6/2022 - 6h40

Apesar de sempre ter sonhado em ver os personagens de seus livros em carne e osso, Carina Rissi jamais imaginou que emplacaria três adaptações no mesmo ano. A autora assinou um contrato com a HBO Max, responsável pela produção do filme de Procura-se um Marido e da série de No Mundo da Luna. Além disso, a Disney vai levar para as telonas o primeiro volume da saga Perdida. Com uma grande base de fãs, a escritora admite ter sofrido para manter os projetos em segredo.

"Foi horrível, se dá para dizer uma palavra acho que essa é horrível. Eu penso que felicidade a gente compartilha, não guarda. Eu queria muito compartilhar com os meus leitores, porque eu sei que eles também estão esperando. Eu sei que tem gente tão ansiosa quanto eu por essas adaptações. Eu não podia dizer absolutamente nada por causa do contrato. Foi uma agonia", conta a paulista em entrevista ao Notícias da TV.

"Quando finalmente liberou a notícia, me senti até mais leve. Eu não sou muito boa em guardar segredo também (risos). Eu sou aquela pessoa que dá spoiler de quase tudo. Eu preciso pensar um milhão de vezes no que eu estou falando para não ter nada errado", confessa a autora.

Fã declarada de Jane Austen (1775-1817), Carina Rissi começou a escrever despretensiosamente em 2010 --sem nem imaginar que o rascunho de Perdida feito no celular viraria um livro de sucesso, com mais de 700 mil cópias vendidas.

A saga com viagem no tempo é composta ainda por mais cinco volumes: Encontrada (2014), Destinado (2015), Prometida (2016), Desencantada (2018) e Indomada (2021).

Com histórias repletas de romance e com uma pitada de conto de fadas, a escritora caiu nas graças do público infanto-juvenil. Ela também lançou Procura-se um Marido (2013), No Mundo da Luna (2015), Mentira Perfeita (2016), Quando a Noite Cai (2017) e Menina Veneno (2017).

Confira a seguir a entrevista exclusiva com Carina Rissi:

Notícias da TV - Com três livros sendo adaptados quase de uma vez, você considera 2022 como o seu grande ano?

Carina Rissi - É, né? Claro que eu sonhava com essas adaptações, mas nunca imaginei que ia acontecer tudo muito junto. O Procura-se estava terminando as gravações, e a série da Luna já estava começando. Aí, de repente, começa a gravação de Perdida. Eu não consegui respirar ainda e nem absorver tudo que está acontecendo. Acho que esse é o grande sonho do autor nacional, especialmente para a visibilidade das nossas histórias. Tem sido um sonho, eu mal posso esperar para ver tudo já pronto.

Você falou nas redes sociais que já assistiu a alguma cenas. Como foi ver esses seus personagens ganhando vida?

Carina Rissi - Eu vi dois episódios de No Mundo da Luna e, meu Deus do Céu, fiquei apaixonada. Fiquei encantada com elenco, com a produção. Todo cuidado que tiveram com minhas personagens, a minha história... Foi tão lindo, chorei horrores. Foi uma sensação... Eu acho que eu não consigo nem verbalizar muito. Foi uma experiência mágica, foi uma emoção.

Eu voltei ao passado, lá quando eu fazia essa história e tinha esperança de que as coisas fossem dar certo. E hoje ver meu trabalho ali na telinha com um elenco tão incrível, com uma produção tão cuidadosa, tão bem feita, foi uma experiência muito emocionante. Lembrei muito do começo da minha carreira, de todos os sonhos que eu tinha na época. Agora, vendo um por vez sendo realizado, é um privilégio, uma sorte. Eu estou sempre agradecendo ao universo por todas essas bênçãos que têm caído aqui.

DIVULGAÇÃO/HBO MAX

Marina Moschen em set de No Mundo da Luna

Marina Moschen em No Mundo da Luna

Você participou da escolha dos elencos?

Não. Eu tenho tido muita sorte com as produtoras. Elas me deixam muito a par de tudo que está acontecendo. Tipo: 'Essa vai ser atriz, o que você acha?'. Eu acho ela maravilhosa (risos). Eu não tenho tanta voz durante a produção e também nem tenho tanto tempo para poder participar mais ativamente.

Eu tenho um contrato com a HBO Max para gerar conteúdos de séries ou filmes originais para eles. Isso tem me consumido muito tempo, mais a escrita de livros, né? Então, eu fico um pouco mais afastada. Algumas eu fico um pouco mais perto de roteiro, acompanhei a leitura do roteiro do elenco. Fiz uma visita virtual no set, esse tipo de coisa. Mas as escolhas são sempre da produtora.

Ficou feliz com todas as escolhas?

Eu fiquei, eu tive muita sorte. Os atores, as pessoas envolvidas nos três projetos, elas abraçaram as minhas histórias e personagens de uma maneira quase de fã. Enquanto eu estava vendo a Camila Queiroz, por exemplo, ler o roteiro, eu já não vi a Camila, eu via a Alicia [protagonista de Procura-se Um Marido]. Ela estudou muito a personagem, incorporou demais tudo que a Alicia simboliza. É foi uma coisa mágica. Eu acho que era isso que eu queria.

Eu nunca me prendi muito ao físico, ao que descrevi no livro. E encaixar uma pessoa real ali, eu tinha até dificuldade nisso. Sempre me perguntavam: 'Que ator ou atriz você imagina para o papel de tal?'. Eu nunca conseguia colocar um rosto, mas, quando me mostraram, aí eu vi. Vi no olhar, no sorriso, nos trejeitos.

A Marina Moschen de Luna ficou uma coisa sensacional. A Giovanna Grigio de Sofia ficou tudo muito Sofia. Eu olho na tela e reconheço os personagens. Era isso que eu queria, sentir no olhar da personagem, no sorriso, nas manias, no jeito de andar. Eu queria ver a minha personagem ali, não alguém imitando. Queria sentir aquela verdade dentro deles. Foi maravilhoso.

Você tem conversado com os atores?

Os atores estão se dedicando muito. Eles me procuram para saber mais, eles querem ir além do roteiro. Eles já leram o livro, mas querem mais informações, coisas que não estão no livro. Eu acho que eu não podia ter pedido algo mais importante para um ator que vai desempenhar os papéis das minhas personagens. Esse amor que eles estão tendo com a história e com as personagens e querer ir além, querer mostrar mais. É tudo muito lindo, eu estou muito feliz.

Você tem expectativa de que essas adaptações te tragam um novo público, que vai comprar os livros para ler depois de ver o filme e série?

Claro que sim, né? Eu acho que é uma vitrine muito maior, a parte do mundo literário de bienais e eventos. Eu acho que já sou bastante conhecida, então agora a minha história vai atingir os telespectadores. Eu tenho muita fé de que algumas dessas pessoas se interessem [pelos livros]. Estou na expectativa de que mais pessoas, um público diferente, se interesse.

Já tem planos de adaptar os outros livros, pode dar algum spoiler?

Eu tenho esse contrato com a HBO Max de apresentar histórias novas, histórias jovens, é bem estilo que eu escrevo. Tanto de coisas já escritas, quanto coisas que eu ainda vou escrever. Pode ficar assim? (risos).

Giovanna Grigio segura o livro Perdida

Giovanna Grigio será Sofia (Reprodução/Instagram)

O Perdida vai ser adaptado só o primeiro livro?

Eu não tenho certeza, mas acredito que seja, né? Eu acredito que qualquer produção que dependa de sequências é de acordo com o desempenho, de como atinge o público. Existe o sonho dessas adaptações da série continuarem até o sexto livro. Vou ficar na torcida para que aconteça.

Teve alguma cena dos livros que você pediu para não ficar de fora das adaptações?

[O roteiro] Já veio certinho. Eu acho que eles fizeram uma adaptação muito possível de estar dentro do livro. Qualquer cena caberia no livro, então eu não senti necessidade de falar com as produtoras. Tivemos muito tempo para pensar em tudo isso. Eles também tiveram muito tempo para pensar e estavam sempre estudando o que os leitores esperavam, quais cenas eram mais importantes para os leitores. Então tá tudo ali.

Qual das adaptações você está mais ansiosa para ver? Tem como escolher?

Eu não consigo (risos). Eu vou dizer que fiquei angustiada, porque comecei a série No Mundo da Luna, vi dois episódios e nunca mais. Quando você começa parece pior, né? Você quer saber como termina logo, para onde vai, quero ver tudo. Eu estou numa agonia muito grande aqui, mas também estou acompanhando o set de Perdida, eu acompanhei o set de Procura-se. É diferente quando você vê o set, depois isso tudo montado num longa.

Você vai fazer alguma participação especial em cena?

Eu tive os convites, mas sou muito tímida e estou [morando] aqui em Portugal. Eu não consegui, infelizmente, visitar nenhum dos sets [presencialmente]. Mas eu espero estar no Brasil para os lançamentos.

Os três livros foram lançados há mais ou menos dez anos. Por que acha essas adaptações demoraram tanto, sendo que seu público sempre pediu muito em eventos e redes sociais?

Demorou à beça mesmo. No Brasil, quando a gente fala de audiovisual, é sempre muito complicado, para séries ou para filmes, e dependia de dinheiro de patrocínios. Era tudo muito demorado, tudo muito mais sofrido. Agora, quando você tem uma HBO Max, fica mais fácil, eles já sabem como fazer isso. Eles têm muito redondinho.

Por isso, eu acredito que agora a gente começa a ver muito mais a nossa cara nos streamings, o nosso jeito, as nossas comidas, os nossos costumes. Exatamente porque existe essa demanda, essa fome de conteúdo nacional. Só não havia tanto produção ou viabilidade para essas adaptações. Agora eu acho que ficou tudo muito mais fácil.

Veja algumas publicações de Carina sobre as adaptações:


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