ROMANCE DE JOJO MOYES
FOTOS: Parisa Taghizadeh/NETFLIX
Anthony O'Hare (Callum Turner) e Jennifer Stirling (Shailene Woodley) em A Última Carta de Amor
Novo filme da Netflix, A Última Carta de Amor é baseado no romance escrito por Jojo Moyes e publicado em 2008. Como normalmente acontece nos casos de adaptação, a trama sofreu algumas mudanças no enredo --até para que pudesse ser contada em menos de duas horas na produção para o streaming.
O longa estreou na plataforma na sexta-feira (23) com a promessa de envolver o público que gosta de uma boa história de amor. E essa é a especialidade de Jojo Moyes, que também escreveu Como Eu Era Antes de Você --romance que deu origem ao filme lançado em 2016.
[Atenção: A partir daqui, este texto contém spoilers do filme e do livro]
A Última Carta de Amor entrelaça duas histórias ambientadas em épocas diferentes, uma no presente e outra passado, quando a jornalista Ellie Haworth (Felicity Jones) encontra bilhetes escritos em 1965.
As mensagens narram um romance proibido entre Jennifer Stirling (Shailene Woodley), mulher de um rico industrial, e Anthony O'Hare (Callum Turner), repórter que foi encarregado de fazer uma matéria sobre o magnata.
A jovem decide solucionar o misterioso caso e tentar encontrar o casal. Durante a investigação, Ellie conta com o apoio do arquivista do jornal, Rory (Nabhaan Rizwan). Ele ajuda a mocinha a encontrar mais cartas e acaba se envolvendo com ela.
Na maior parte do tempo, o filme se mantém bastante fiel à história original. Muitas falas, inclusive, são reproduzidas da mesma maneira em que foram escritas. Mas ainda há algumas diferenças nas produções. O Notícias da TV listou cinco alterações feitas na adaptação:
Felicity Jones como Ellie no filme
Há uma razão para Ellie se interessar tanto pelo romance entre Jennifer e O'Hare. No livro, a personagem também se envolve em um caso extraconjugal e mantém um relação há mais de um ano com John --um homem casado e com filhos. Acostumada a só receber mensagens e e-mails vagos do amado, a mocinha se encanta com a profundidade das declarações de amor que lê nas cartas antigas.
Além disso, ela deseja saber se a relação do passado terminou de uma forma feliz mesmo tendo nascido de uma traição. A jornalista ainda enfrenta um dilema ao ter que decidir se encoraja John a se separar da mulher para assumir o namoro dos dois ou se embarca em um romance mais tranquilo e livre com Rory. Toda essa parte é deixada de fora no filme da Netflix.
Cena do reencontro do casal no longa
Após ser enganada pelo marido, Laurence Stirling (Joe Alwyn), a protagonista acreditou que o amante tinha morrido em um acidente de carro no dia em que eles fugiriam. Ela passa quatro anos se remoendo de culpa por achar que tinha causado a morte do jornalista. No entanto, no longa, os dois se esbarram sem querer no meio de uma rua em Londres em 1969.
Já no livro esse reencontro acontece quando Jennifer acompanha o marido em uma festa da alta sociedade. Por acaso, O'Hare vai até o mesmo evento a convite de um amigo. Os dois ficam em choque ao se verem, e a madame revela que acreditava que o amado estava morto. Eles têm uma conversa sincera e cheia de sentimentos e desfazem o mal-entendido, mas acabam sendo mais uma vez separados pelo destino.
Ellie e Rory leem carta no arquivo do jornal
No filme, a personagem de Felicity Jones consegue encontrar tanto Jennifer quanto Anthony durante sua investigação. Ela passa a conversar com os dois quase que ao mesmo tempo para esclarecer os fatores que os separaram durante tantos anos e tentar reunir os amantes.
No livro, a trama se desenvolve de uma forma um pouco diferente. Ellie só localiza a mulher, que recebe a jornalista muito bem desde o primeiro encontro entre elas --outra mudança, já que no longa a senhora tenta fugir da jovem no início. Com muita ternura, Jennifer conta tudo sobre o romance com seu grande amor e revela alguns pequenos detalhes que também foram excluídos da trama mostrada na Netflix.
Shailene Woodley como Jennifer no filme
Um dos detalhes contados pela madame a Ellie no livro aborda justamente o que fez depois do último desencontro com O'Hare --quando ela deixa as cartas na Redação do jornal e sai do local com a filha no colo. A produção da Netflix para de mostrar os momentos do passado justamente neste ponto. Jennifer explica que voltou a morar com o marido para não correr o risco de perder a herdeira e só se separou depois que a lei permitiu o divórcio.
No entanto, no romance de Jojo Moyes, a personagem se esforçou muito mais para tentar reencontrar o amado. Ela descobriu que o rapaz tinha ido cobrir uma guerra no Congo e chegou a viajar até o país na África Central para achá-lo. Não conseguiu localizá-lo e voltou para a Inglaterra. Jennifer ainda o procurou durante dois anos, mas jamais voltou a encontrá-lo e passou a acreditar que ele poderia ter morrido no conflito armado.
Callum Turner como Anthony O'Hare
A maior diferença entre as histórias está na revelação de que Anthony está vivo. Na adaptação da Netflix, há até uma certa emoção no momento em que o personagem liga para Ellie. No entanto, o plot twist nas páginas do romance é muito maior e deixado quase para o final da narrativa. Depois de pesquisar o nome do homem em vários jornais, a repórter descobre que o filho dele, Phillip, é jornalista na revista Times.
Ela manda um e-mail para o rapaz, que retorna o contato alguns dias depois. Phillip é o responsável por contar que o pai não morreu e, além disso, revelar que O'Hare trabalha no mesmo veículo que Ellie desde 1964.
No livro, Rory tem como chefe um senhor que está há anos como responsável do arquivo do jornal e até interage com os jovens na investigação. Mas em nenhum momento o nome dele é citado. O idoso é justamente Anthony, que, por uma ironia do destino, trabalhou durante tanto tempo no mesmo ambiente em que suas cartas de amor estavam perdidas sem nunca encontrá-las.
Assista ao trailer de A Última Carta de Amor:
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