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MEGARRROMÂNTICO

Inimiga número um do cinema, Netflix dá golpe de mestre com comédia romântica

Divulgação/Warner Bros.

Rebel Wilson e Liam Hemsworth estrelam Megarrromântico, que chega ao Brasil pela Netflix - Divulgação/Warner Bros.

Rebel Wilson e Liam Hemsworth estrelam Megarrromântico, que chega ao Brasil pela Netflix

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 8/2/2019 - 6h06

Disposta a se tornar a "nova casa do cinema", como ela mesma tem se apresentado, a Netflix prepara um golpe de mestre: no Brasil, a plataforma vai estrear a comédia Megarrromântico no próximo dia 28, apenas 15 dias depois de ela chegar às salas dos Estados Unidos --por aqui, o longa sequer será exibido nas telonas.

Estrelada pela comediante australiana Rebel Wilson, a produção da Warner Bros. passará no cinema apenas nos Estados Unidos e no Canadá, para aproveitar o Valentine's Day (o Dia dos Namorados gringo, em 14 de fevereiro). No resto do mundo, a Netflix comprou os direitos de exibição.

Com isso, Megarrromântico vai furar o caminho tradicional que filmes seguem do cinema até a TV, com suas respectivas janelas de exibição. No geral, um longa é lançado nas telonas, depois segue para locação em serviços de vídeo sob demanda, disponibilizado em home video (DVDs e Blu-rays), streaming, TV paga e TV aberta.

Na prática, o que isso significa é que o público brasileiro (e de boa parte do mundo) poderá ver o longa, sem pagar nada por isso (além do que já investe na assinatura da Netflix), meses antes dos norte-americanos e canadenses.

Megarrromântico conta a história de Natalie (Rebel Wilson), uma arquiteta desiludida com o amor que, depois de bater a cabeça, acorda e descobre que sua vida se transformou em uma comédia romântica, com direito a trilha sonora com Whitney Houston e Annie Lennox, um melhor amigo gay e números coreografados de dança.

Confira o trailer do longa:

Cada caso é um caso
A estreia antecipada de Megarrromântico não significa que a Netflix atacará de vez os cinemas e roubará as principais estreias. Pelo contrário. Cada filme lançado na plataforma segue um modelo diferente de distribuição.

O fenômeno Bird Box, com Sandra Bullock, por exemplo, foi lançado no mundo todo no mesmo dia, 21 de dezembro. Trata-se de uma produção original da própria Netflix, o que facilita sua estratégia de estreia global. É o mesmo caso do recente Velvet Buzzsaw, com Jake Gyllenhaal.

Já Dumplin', comédia com Jennifer Aniston que chegou a concorrer ao Globo de Ouro de melhor canção original, é apresentada como um filme original Netflix, mas trata-se de uma produção da Echo Films cujos direitos de distribuição foram adquiridos pela plataforma após a conclusão do longa. Assim, o conteúdo está disponível nos EUA desde 7 de dezembro, mas só chega ao Brasil nesta sexta (8).

Há ainda o excêntrico caso de Mudbound: Lágrimas sobre o Mississippi, primeiro longa de ficção da Netflix que foi indicado ao Oscar. A produção da Elevated Films e da Joule Films foi exibida no festival de Sundance e teve seus direitos de exibição adquiridos pela plataforma --porém, apenas para Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Espanha, Austrália, Alemanha, França e Cingapura.

Por isso, o filme não chegou ao serviço no Brasil até hoje, mais de um ano e dois meses após ficar disponível nos EUA. Aliás, ele pode nunca chegar à Netflix por aqui: como em território nacional os direitos foram adquiridos pela Diamond Films, a plataforma precisaria negociar com a distribuidora para poder exibi-lo.

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